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Empresários estão alertando o governo que a greve dos caminhoneiros terá duplo efeito na inflação. O primeiro por causa da alta dos preços diante da falta de produtos durante a paralisação que durou duas semanas. O segundo, devido ao tabelamento dos fretes no país, que vai encarecer o custo das empresas com transportes e terá de ser repassado, em alguma medida, para os preços.
O empresariado está reclamando que, junto com a população, vai pagar boa parte do custo do acordo negociado pelo Palácio do Planalto com os caminhoneiros.
Na avaliação de líderes empresariais, o presidente Temer, enfraquecido politicamente, cedeu demais porque ficou sem outra saída para garantir o fim da greve.
Depois das críticas dos empresários, o governo Temer prometeu rever a tabela de fretes negociada com os caminhoneiros para encerrar a paralisação do setor. Mas o empresariado alerta que, mesmo revendo alguns aumentos de fretes extorsivos, o tabelamento irá elevar o custo das empresas com transporte.
resultado, segundo o presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), José Carlos Martins, é que a greve dos caminhoneiros pode gerar um duplo efeito na inflação. O primeiro porque os preços subiram com a escassez de produtos. O segundo diante do aumento do custo do transporte dos produtos.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou que, mesmo com a revisão da tabela, o tabelamento de fretes irá impactar todos os setores da indústria e terá efeitos imediatos no bolso dos consumidores, uma vez que o preço dos fretes aumentou substancialmente.
Pela tabela que agora será revisada, o transporte de arroz pelas rodovias do país teria aumento de 35% a 50% no mercado interno e de 100% para exportações. Na indústria de aves e suínos, o impacto do tabelamento sobre o custo do transporte foi calculado em 63%.
Apesar das pressões, o governo admite apenas rever o tabelamento, corrigindo o que considera erros e distorções. Mas não vai desistir do tabelamento, porque foi uma das medidas negociadas para encerrar a greve dos caminhoneiros. Se o governo voltasse atrás, dizem assessores presidenciais, o risco é a volta dos protestos.

guazelli

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