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Luiz Abi Antoun, preso em ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na última terça-feira (11/09), permanecerá detido na 1ª Penitenciária Estadual de Londrina (PEL I). Assim como ocorreu com o ex-governador Beto Richa, seu primo, e com a ex-primeira-dama Fernanda Richa, sua prisão é provisória: cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. Nesse período, prestará depoimento. De acordo com o coordenador do Gaeco em Londrina, Jorge Barreto, o empresário (que nega as acusações) está em ala especial para prisões temporárias, separado dos demais presos.

A detenção foi feita durante a manhã na residência de Antoun, em um prédio de alto padrão no centro da cidade. O Gaeco também executou mandado de busca e apreensão na empresa de reciclagem de alumínio da família do empresário, na região oeste de Londrina. Lá, a equipe encontrou R$ 370.558,00 em espécie, além de US$ 2.700 e 80 euros. A ação faz parte da Operação Rádio Patrulha, que expediu outros 14 mandados de prisão temporária no Estado – entre eles, o do ex-governador e atual candidato ao Senado Beto Richa (PSDB), preso em Curitiba.

A operação investiga fraudes no processo de licitação do programa de manutenção e melhoria de estradas rurais Patrulha do Campo, com benefício a empresas predeterminadas e esquema de propinas. Tratado como “primo distante” por Richa, Antoun é apontado como uma das figuras mais influentes nas principais questões políticas do Paraná, apesar de não ocupar formalmente qualquer cargo público.

“Luiz Abi funcionava como uma espécie de intermediário entre o [ex-] governador [Beto Richa], os secretários e os empresários, fazendo uma ponte entre empresas e agentes públicos”, explicou Barreto. Segundo provas apresentadas em acordo de delação premiada com o ex-deputado estadual, e também integrante do esquema, Tony Garcia, Antoun seria o responsável por designar lotes da licitação, além de atender empresários. As provas apontam, ainda, que os participantes teriam criado um grupo de WhatsApp para conversar sobre acertos de propina, intitulado “Grupo Pauta Divergente”.

O empresário já havia sido denunciado em 2015 pelo Gaeco como líder de esquema de fraude de licitação de R$ 1,5 milhão para manutenção da frota oficial do Estado na região de Londrina, na Operação Voldemort. Na época, Antoun acabou condenado com outras seis pessoas.

Fonte: Gazeta do Povo

guazelli

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