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O ex-diretor da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Maurício Fanini, disse ter sido informado que seria preso na Operação Quadro Negro – que investiga desvios de mais de R$ 30 milhões em obras em escolas estaduais – e foi orientado a destruir provas. As declarações constam de depoimento prestado a promotores do Ministério Público, no âmbito de um inquérito civil que terminou com o ex-governador Beto Richa (PSDB) e outros políticos denunciados por improbidade administrativa.

Fanini foi preso pela primeira vez em julho de 2015. No depoimento, ele disse que, dias antes da operação, teria sido informado pelo então procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, que seria detido. O aviso teria ocorrido no escritório de Botto de Lacerda, após este ter se reunido com Richa.

“Ele [o procurador] me leva na sala dele: ‘Ó, tenho uma notícia pra você, sobrou pra eu te dizer. Você vai ser preso. Acabei de sair do Palácio [do Iguaçu], tive uma reunião com o Beto [Richa], com o chefe da Polícia [Civil], Julio Reis, com o [secretário Eduardo] Sciarra, com o Deonilson [Roldo]. Não tem jeito. Você vai ser preso temporariamente’. Aí eu entro em pânico. Preso?! Isso vai me acabar. É a minha ruína”, disse Fanini.

O ex-diretor da Seed relatou, ainda, que foi orientado a destruir provas, porque a residência dele seria alvo de mandado de busca e apreensão. Apesar disso, no depoimento, ele não deixa claro de quem partiu a instrução. “Eu fui orientado: ‘Vai ter buscas, então tire tudo que você tem lá. Foto, dinheiro’. Eu tirei de lá, daí. Eu tinha um pouco de dinheiro, aí levei embora, para a casa da minha sogra. Documentos, as fotos que eu tinha, eu guardei. Não deixei lá”, afirmou.

Fonte: Gazeta do Povo

guazelli

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