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Criado no governo de Francisco Xavier da Silva, em 3 de abril de 1911, o colégio Barão do Rio Branco anunciou, por meio de sua página oficial no Facebook, o fechamento da instituição a partir do próximo ano. Ocorre que, desde 2015, o departamento de Logística da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte do PR não autorizava novas aberturas de turmas no colégio.

Para o ano de 2019, a SEED impôs da seguinte forma: ensino médio – 1 turma; ensino fundamental II – 4 turmas, totalizando de 135 a 140 alunos. Em 2010 para se ter uma ideia, a estimativa era de 500 alunos em todos os turnos. Ainda num espaço pequeno, o prédio encontra-se em conjunto administrativamente com o CEEBJA Paulo Freire.

Do anúncio

Numa entrevista dada ao repórter Pedro Lima, as professoras Gabriele Hishida, Izabela Ceccato e Simone Pimentel disseram que jamais existiu um anúncio oficial da SEED. “Em nenhum momento houve reunião com todos professores, com os funcionários da escola para avisar que aconteceria isso. Houve sim uma reunião quando fomos eu e o Pedro (atual diretor do Barão) na Secretaria de Educação – eles falaram que a escola fecharia e que o Paulo Freire (CEEBJA) viria para cá e que nós não tínhamos mais alternativa. Não deram chance de falar, nos reprimiram” ressalta a professora Izabela.

Da esquerda para a direita: Simone Pimentel, Gabriele Hishida e Izabela Ceccato.

Elas afirmam também que a SEED não apresentou justificativa para o fechamento do colégio Barão do Rio Branco. “A outra desculpa também que eles deram foi que os alunos não moram aqui ao redor do colégio, vem de longe. Mas o que ocorre é que todas as escolas do centro acontecem isso” define a professa Gabriele. “Até porque nós tínhamos número suficiente de alunos, em cada ano. Então para dizer que ‘falta aluno’, não. Tanto que quando foi determinado que os sextos anos não abririam, nós tínhamos ali fila de espera para essas turmas. Os pais tiveram que desistir dessa espera e procurar outra escola” lembra a professora Simone. Elas ressaltam que houve uma fila de espera de alunos para o 7º ano, como também para o 1º e 2º ano do ensino médio. Segundo a direção do colégio havia uma lista de 90 estudantes para ingressar no Barão.

Hoje é uma dualidade administrativa, colocaram duas escolas de duas realidades completamente diferentes” diz a professora Gabriele. “Nós estamos vivendo um absurdo. Se querem fechar, vamos fazer isso dignamente” revela a professora Izabela. As professoras questionam que não pode colocar uma criança/adolescente em conjunto com adultos, já que possuem interesses diferentes e de realidades distantes.

Nossa educação está indo de mal a pior” destaca a professora Gabriele.

As professoras também afirmam que o CEEBJA tomou conta do espaço que era destinado ao colégio Barão. O salão nobre que a instituição possui, por exemplo, foi palco de diversos teatros; reuniões entre pais e professores sobre o rendimento do aluno; de infinitas apresentações de trabalhos dos estudantes está sucateado. Até o ano passado o local era ainda utilizado para reuniões dos funcionários.

Assista a entrevista completa abaixo:

A tentativa de contornar a situação

A administração do colégio Barão está nas mãos do professor Pedro Billó, que está trabalhando na instituição há mais de 20 anos. Na entrevista dada ao repórter Pedro Lima o professor lembra que em 2017 a comunidade escolar realizou um protesto contra, naquela época, um “suposto” fechamento do colégio. “A Secretaria de Educação naquela época (2017) achou que foi uma afronta ter feito isso, e aí quando foi em 2018, eles não autorizaram a abertura do 1º ano manhã e 6º ano a tarde. Feito isso, a matrícula do ano seguinte é uma continuidade então em 2019 não teve o 2º ano e 7º a tarde” ressalta.

O diretor diz o que elaborou para que o Barão fechasse. “Desde o início de 2017, quando houve a primeira investida da Secretaria de Educação para fechar o Barão, eu comecei a protocolar documentos, fui no sindicato (APP Sindicato), procurei deputados, procurei a Casa Civil, tive reunião com a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do PR, mas recebia não, não e não” lembra o professor Pedro.

O diretor também destaca que os professores foram os mais prejudicados com o fechamento do colégio, já que alguns deles tiveram que obter aulas em outras escolas. “Quando começou o assunto de que o Barão iria fechar, muitos alunos acabaram saindo da escola. Muitos pais, com medo de fechar e não ter para onde ir já tiraram antecipadamente seus filhos. Então tivemos bons alunos que nós perdemos em decorrência do boato do fechamento do Barão”.

Ele ressalta que não é garantido dois nonos para o ano que vem e que 2019 encontra-se “talvez” tranquilo. Sobre a utilização do prédio, o diretor Pedro Billó gostaria que continuasse uma ‘escola’. “Espero que continue pelo menos o Paulo Freire, que fique como uma escola. Que não ficasse utilizado por uma secretaria ou outro órgão” finaliza.

O colégio Barão do Rio Branco está no mesmo prédio há 66 anos.

Assista a entrevista completa abaixo:

Ex-alunos

O repórter que vos escreve foi um aluno do Barão, tendo estudado entre os anos 2004 a 2008. Quando foi realizada a apuração de reações dos ex-alunos pelo fechamento do colégio, diversas lamentações foram comentadas na página oficial da instituição no Facebook, como nas publicações dos professores/funcionários que ainda trabalham por lá.

Giovanna Serra, aluna por 7 anos no Barão (2002 a 2008), conta como recebeu a notícia de que o Barão seria fechado. “A minha reação foi de tristeza, pois o Barão fez parte da minha vida, assim como todos os alunos e docentes, temos estórias guardadas. E é triste, pois para mim foi passando de pais para filhos e é menos 1 colégio para ensinar as futuras gerações” ressalta.

Estudantes formandos do fundamental, em 2008. Imagem: arquivo pessoal de Giovanna Serra.

O Barão também foi um colégio em que famílias inteiras, por exemplo, estudavam juntas. “Minha mãe e meus tios estudaram no Barão, quando eles vieram morar em Curitiba, terminaram seus estudos no colégio”. Ela relembra a educação da instituição. “O ensino de lá era de qualidade, os professores eram qualificados e suas didáticas de acordo com a faixa etária. Minha mãe estudou no Barão em meados dos anos 70, e sempre confiou na qualidade de ensino do colégio”.

Bacharel em Relações Internacionais, Giovanna Serra recorda o tempo que passou no Barão. “São muitas lembranças a qual não esquecerei nunca, fiz grandes amigos que até hoje mantenho contato. Minha primeira ‘paixonite’ foi no Barão. Lembro-me dos teatros que a diretoria proporcionava aos alunos, das feiras de ciências, do desfile da Independência representando nosso Barão” ressalta. Após a sua formação no fundamental, Giovanna seguiu para o ensino médio do Instituto da Educação Professor Erasmo Pilotto.

Antes de encerrar a entrevista, Giovanna destaca a importância do Barão do Rio Branco na vida profissional de cada estudante. “Hoje cada ex-aluno seguiu sua vida e o Barão deu início a vários profissionais: advogados, jornalistas, médicos, professores e o colégio marcou diversos aprendizes que, com certeza, nunca esquecerão” finaliza.

O que a oposição diz

A produção do Verdade&Expressão entrou em contato com a liderança da oposição ao governo Ratinho Junior na Assembleia Legislativa do PR, deputado Tadeu Veneri (PT) e em nota enviada diz que os governos anteriores de Beto Richa (PSDB), Cida Borghetti (PP) e da atual administração alegam que a procura de vagas no Colégio Estadual Barão do Rio Branco diminuiu. “Foram eles que tomaram a decisão de fechar as turmas iniciais, o que obviamente reduziu a quantidade de estudantes que poderiam frequentar o colégio”.

A liderança destaca que foi o próprio governo que provocou a redução do número de alunos para justificar, futuramente, uma provável medida para levantar capital vendendo o imóvel, que está localizado em uma das áreas mais valorizadas de Curitiba (Água Verde). A liderança da oposição salienta que criaram uma “profecia autorrealizada”. “Deixaram de investir há anos em recursos humanos e materiais na instituição. Mudaram o Ceebja Paulo Freira, temporariamente, para as instalações do Colégio Barão do Rio Branco. A justificativa para a mudança foi que o aluguel pago à Associação da Vila Militar estava alto. Sem se preocupar com a orientação pedagógica, reuniram-se no mesmo espaço adultos, adolescentes e crianças. Tudo em nome da economia”.

A liderança da oposição afirma também que em caso de venda do imóvel do colégio o estado terá que aplicar os recursos somente em investimentos, jamais em despesas de custeio da máquina administrativa. “Bom lembrar que o governo Ratinho Junior propõe em aumentar o percentual de investimentos a 6%, o que é totalmente inviável diante da crise econômica. Talvez, ao se desfazer dos imóveis públicos, possa dizer que está tentando atingir esta meta”.

A nota também diz que não será surpresa nenhuma se a SEED declarar que o prédio está subutilizado e precisa ser vendido. “Talvez este seja, não o único, más um dos muitos espaços ditos ‘subutilizados’ destinados à especulação imobiliária. A comunidade sairá perdendo. Além dos pais e estudantes, a cidade de Curitiba perderá um pedaço de sua história. E ganham aqueles que, rotineiramente, aproveitam-se de desculpas falsas para aumentar seus patrimônios” finaliza a declaração.

O que diz a Comissão de Educação da ALEP

A produção do VE entrou em contato com o presidente da Comissão de Educação na Assembleia Legislativa do Paraná, deputado estadual Hussein Bakri (PSD), e até o fechamento desta reportagem não houve quaisquer retorno.

O que diz a APP Sindicato

A secretária Educacional Taís Mendes, da APP Sindicato – entidade que representa os professores e funcionários da educação, informou por telefone que “nosso posicionamento (APP) não é de fechamento de escolas. E por que não é: nós entendemos que essa escola (Barão) está no processo de diminuição de matrículas, o estado ele pode nesta escola especificamente primeiramente fazer um chamamento maior, para que de repente ver se as matrículas aumentem. Diante deste cenário, nós entendemos que se permaneça, é uma oportunidade muito grande desta escola ser transformada em integral” destaca Taís.

E continua. “Aonde eu tenha 4 horas, eu posso ter seis, oito horas. Por que: qual é a grande dificuldade de aumentar a escola integral, na maioria dos estados? É que se a gente for aumentar o tempo do aluno na escola, não posso ter dois turnos (manhã e tarde). Por que o turno da tarde, por exemplo, é um outro público. Se essa situação persistir, que continue com o número muito pequeno de alunos, essa escola pode ser um centro de artes, centro de música. Ela pode ter outro fim” finalizou.

O que diz a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte

A equipe de reportagem do site Verdade&Expressão contatou a assessoria de imprensa da SEED e nos enviou a seguinte nota:

Esclarecimento sobre o fechamento do Colégio Barão: “A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEED) esclarece que os estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio da escola em questão serão direcionados às oito instituições estaduais de ensino localizadas na mesma região. Já o prédio do CE Barão do Rio Branco será de uso exclusivo do CEEBJA Paulo Freire, que atualmente conta com cerca de 1.350 estudantes matriculados. A transferência do Paulo Freire a esse imóvel representou economia de cerca de 18 mil ao mês ao Estado, já que até pouco tempo atrás o CEEBJA funcionava em um edifício locado. Ainda, o Estado do Paraná, conforme dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), apresenta redução na taxa de crescimento populacional, conforme tabelas abaixo:

Informações sobre taxas de natalidade e mortalidade, dos últimos anos. Imagem: SEED.

Essa redução já se reflete nas faixas etárias de 10 a 14 anos e de 15 a 19 anos. É nessa porção que se encontra a maioria dos estudantes da rede estadual de ensino. Assim, já se verifica redução do número de alunos da rede em maior escala nas regiões centrais de cidades maiores. Isso devido a uma maior concentração de habitantes em bairros periféricos, nos quais a SEED conta com instituições de ensino para atendimento aos alunos nas proximidades de suas residências”.

A razão pelo qual as instituições educacionais no centro de Curitiba estão sendo fechadas: “Todos os anos, a partir do mês de julho, a SEED, em trabalho conjunto com os Núcleos Regionais de Educação (NREs), diretores das escolas estaduais e com a colaboração das Secretarias Municipais de Educação, inicia os procedimentos de planejamento de turmas, turnos e etapas de ensino para o ano seguinte. Tal planejamento obedece às legislações vigentes e considera outros pontos, como a metragem das salas de aula, oferta de séries no mesmo turno e em instituições da mesma região, justificativas de cada instituição de ensino e dos NREs e aumento da demanda de alunos de cada instituição de ensino e de cada região do município. A redução da demanda de alunos, decorrente da redução populacional, causada pela diminuição da taxa de natalidade e fatores migratórios, entre cidades ou bairros, também é levada em consideração, conforme explanado no questionamento anterior. Os fatores expostos podem provocar não só o aumento no número de alunos em determinadas instituições, mas a ociosidade de salas de aula em outras, além do número reduzido de alunos em turmas de outros colégios. Por esse motivo é que, anualmente, pode ocorrer a criação de novas escolas, autorização para novas turmas e novos turnos, tanto de Ensino Fundamental, Médio, Educação Profissional, EJA, etc. Ainda, pode ocorrer a necessidade de reorganização dos colégios em funcionamento. Aos alunos, contudo, sempre será garantida a continuidade dos estudos”.

Sobre a abertura de novas turmas em 2019 no Colégio Barão: “Na região central do município de Curitiba, nas proximidades do Colégio Estadual Barão do Rio Branco, a rede estadual de ensino conta com oito instituições. Todas, contudo, devido aos fatores informados anteriormente, tiveram redução no número de alunos e turmas nos últimos anos. Consequentemente, há salas ociosas nessas escolas, que poderão atender os alunos oriundos do Colégio Estadual Barão do Rio Branco. Destaca-se que a SEED também precisava realocar o CEEBJA Paulo Freire, que estava funcionando provisoriamente em outro local”.

Sobre a dualidade administrativa entre o CEEBJA Paulo Freire e o Colégio Barão: “Primeiramente, porque o Colégio Estadual Barão do Rio Branco se encontra em cessação gradativa. Antes, o CEEBJA Paulo Freire estava instalado em um prédio alugado, e acabou realocado em salas ociosas de outra instituição estadual, permitindo economia considerável por parte do Estado. Ocorre que espaço físico reduzido não permitiu a continuidade do atendimento nessa instituição, havendo a mudança para o prédio onde está instalado o Barão do Rio Branco. Cabe ressaltar que no início da cessação de suas atividades, o CE Barão do Rio Branco atendia cerca de 340. Atualmente, são 120 alunos. Já o CEEBJA Paulo Freire possui cerca de 1.350 estudantes matriculados. Com a cessação do Colégio Estadual Barão do Rio Branco, o prédio ficará para atendimento exclusivo do CEEBJA Paulo Freire”.

Do futuro dos funcionários e professores que trabalham no Colégio Barão: Todos os professores e funcionários concursados, atualmente lotados no Colégio Estadual Barão do Rio Branco, serão realocados ou para as vagas disponíveis no CEEBJA Paulo Freire ou para outras instituições de ensino da rede pública estadual, do município de Curitiba, conforme processo anual de distribuição de aulas”.

Do destino dos colégios estaduais que encontram-se no centro de Curitiba: “Os procedimentos de planejamento das matrículas da rede estadual de ensino da educação básica para o ano de 2020 ainda não foram iniciados. Ainda não é possível, portanto, responder ao questionamento”.

A SEED informou que a data do encerramento definitivo das atividades relacionadas aos ensinos Fundamental e Médio, no colégio Barão, está em fase de estudos.

Sobre o investimento na educação, a SEED diz que lançou diversos programas, por exemplo: “1) Prova Paraná, cujo resultado está auxiliando a SEED a definir e desenvolver ações junto com as escolas estaduais para melhorar o desempenho dos estudantes da educação básica; 2) Presente na Escola, que por meio do monitoramento diário da frequência dos alunos propiciará à SEED o desenvolvimento de estratégias para combater o abandono escolar; 3) Projeto de Tutoria Pedagógica, processo de formação continuada que tem como objetivo melhorar o processo de ensino e aprendizagem, combater o abandono escolar e reduzir os índices de reprovação na rede estadual; 4) Escola Segura, parceria entre as Secretarias da Educação e da Segurança Pública que prevê a presença de policiais militares da reserva remunerada nas escolas estaduais em dois turnos: das 7 às 15 horas e das 15 às 23 horas; 5) Pesquisa Nossa Escola, que busca levantar o nível de satisfação de funcionários, estudantes e familiares em relação ao ambiente escolar, a fim de verificar o que precisa ser melhorado nas instituições de ensino do Estado”.

Nesta reportagem vemos o quanto a educação é extremamente importante em nosso país. O repórter que vos escreve estudou durante 5 anos no Colégio Estadual Barão do Rio Branco – e foi onde ele decidiu seguir a carreira de jornalista.

O último que permanecer, apague o giz.

Intervalo da aula de História, em meados de 2008 numa das salas dos formandos do fundamental. Imagem: arquivo pessoal Pedro Lima.

 

Reportagem especial, edição e revisão: Pedro Lima.

Imagens de estudantes do 8º C (2008) cedidos por: Giovanna Serra.

Informações e dados: Secretaria de Estado da Educação e do Esporte.

Agradecimentos especiais: Rafael Guazelli, Giovanna Serra, Gabriele Hishida, Izabela Ceccato, Pedro Billó e Simone Pimentel.

guazelli

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8 comentários

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  • Poderia colocar o endereço do Colégio? Matéria com 14.499 caracteres e não fala ao leitor o endereço do prédio.

    • Oi Luiz, tudo bem? A reportagem foca no intuito da história do Barão, e não necessariamente no endereço onde está situado. A rua é Brigadeiro Franco, 2532 – Água Verde. Fica entre o Hospital Pequeno Príncipe e o Shopping Curitiba, também perto da praça Oswaldo Cruz.

  • Já vai tarde esse inferno de escola! Estudei ali nos anos 1980 era vítima de bullying, só por ser de uma família de renda melhor que os demais, um antro de projetos de marginais, que roubavam, agrediam e perseguiam a quem quisesse e as professoras faziam de conta que não viam nada, pena que já morreram aquelas infelizes, senão hoje diria a elas tudo o que ficou entalado na minha garganta, uma era Vera e outra Grinaura ou algo assim. Não gosto nem de passar na frente daquela incubadora de marginais era isso que era na época, rasguei os boletins e joguei no lixo para não ter nenhuma lembrança daquele inferno. Estudei em outras escolas públicas e particulares e nunca vi ou vivi o que passei nesta maldita escola. Já vai tarde, torço para que seja demolido e construído um prédio no lugar!

  • Meu irmão e eu estudamos lá, com muito orgulho. Foi por pouco tempo, em meados da década de 60. Depois fomos morar em outro bairro e mudamos de escola. Pública, por óbvio. Felizmente.

  • Vendam o prédio, que está em uma região valorizada, e venham montar essa escola aqui no nosso bairro, não temos escola de ensino fundamental e médio próximo e os jovens precisam tomar ónibus… Esse saudosismo não faz bem e não dá lucro…

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