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Jair Bolsonaro (PSL) confessou à imprensa nesta terça-feira (20) que poderá abrir mão da indicação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o cargo de embaixador em Washington. “Tudo é possível, eu não quero submeter meu filho a um fracasso”, disse o presidente, ao ser questionado sobre a possibilidade de desistir da nomeação.

Motivos não faltam para o presidente se sentir acuado: desafios no Senado, possibilidade de nepotismo e Lei de Abuso de Autoridade são alguns dos temas que têm pesado contra a indicação do 03.

Poucos votos no Senado

De acordo com levantamento do jornal O Estado de S.Paulo, divulgado na segunda-feira (19), o filho do presidente não conta com número suficiente de votos para ter seu nome aprovado no Senado. O jornal procurou os senadores e questionou sobre a posição de cada um em relação à indicação de Eduardo.

Dos 81 senadores, 30 responderam que devem votar contra o nome dele, 15 afirmaram que serão favoráveis, outros 35 parlamentares não quiseram responder e sete disseram estar indecisos.

Para ter a indicação aprovada, Eduardo Bolsonaro precisa receber o voto a favor de pelo menos 41 senadores. Antes de chegar ao plenário, o indicado será submetido a uma sabatina pela Comissão de Relações Exteriores da casa.

A maior bancada do Senado pertence ao MBD, com 13 parlamentares. Desses, seis são contrários ao nome do filho do presidente. A bancada do PT, em sua totalidade, vai votar contra Eduardo.

Além da dificuldade de angariar votos, a Consultoria Legislativa do Senado deu parecer que enquadra a indicação do deputado como nepotismo. O texto argumenta que o cargo em questão é comissionado comum e que um decreto de 2010 proibiria a indicação do filho de Bolsonaro.

“A proibição se estende a parentes até o terceiro grau, o que, obviamente, inclui filhos da autoridade nomeante, cujo vínculo de parentesco é o mais próximo possível”, diz o texto assinado pelos técnicos do Senado. Citando o jurista Paulo Modesto, o texto qualifica a prática como “uma forma de autopreservação e autoproteção das elites”.

Reportagem do site Revista Fórum.

guazelli

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