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A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) conseguiu uma vaga para o seu filho no Colégio Militar de Brasília sem que o garoto prestasse o concurso pelo qual passam os outros alunos. Caso tivesse feito a prova, ele precisaria enfrentar uma grande concorrência: em 2017, foram 1.212 candidatos para 25 vagas oferecidas no sexto ano do Ensino Fundamental – uma relação de 48,48 candidatos por vaga.

O filho da deputada começou a frequentar as aulas em março ou abril – antes mesmo de o Exército publicar o despacho com a autorização formal.

Zambelli, que é uma das maiores apoiadoras do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Congresso, solicitou a vaga quando foi empossada no cargo de deputada e se mudou para Brasília. Ela respaldou o pedido no artigo 92 do Regulamento dos Colégios Militares, que só diz que casos considerados especiais poderão ser apreciados pelo Comandante do Exército. Foi também esse artigo que o Centro de Comunicação Social do Exército citou ao justificar a matrícula do garoto.

O artigo 52 é o que trata da possibilidade de matrículas de alunos não aprovados em concurso. O texto diz que as exceções são os órfãos de militares ou de filhos de militares que tenham sido transferidos de cidade. Além disso, o Comandante pode autorizar a matrícula desses alunos desde que sejam “observados os limites de vagas decorrentes da capacidade física e dos recursos humanos e materiais do CM”.

À reportagem da revista Veja, a deputada diz que fez o pedido por causa de ameaças que ela e o filho sofrem desde 2016. Ela conta que o grupo que as envia está ligado a massacres ocorridos em escolas: o de Realengo (no Rio, em 2011, que deixou 13 mortos) e o de Suzano (em Sâo Paulo, em 2019, com dez mortos).

De acordo com a parlamentar, a polícia de São Paulo admitiu que o garoto não estaria seguro no estado. Por isso, ela decidiu levá-lo consigo até Brasília. A escolta da Polícia Legislativa contempla apenas a deputada, e não o filho.

Carla Zambelli é fundadora do movimento Brasil Nas Ruas, que atuou em protestos pró-impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016. O movimento já foi condenado a indenizar o então deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) por tê-lo acusado de defender a pedofilia em postagem em rede social.

Reportagem: Yahoo Notícias.

guazelli

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