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Convidado por três comissões da Câmara para prestar esclarecimentos sobre o desastre ambiental que atinge há mais de dois meses a costa do Nordeste, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, negou que o governo tenha demorado a agir para tentar controlar o derramamento de petróleo. Ele também refutou a acusação de que o Plano Nacional de Contingência, estabelecido em 2013 para emergências deste tipo, não tenha sido usado.

“Mesmo utilizando todo esse monitoramento que nós fizemos por satélite e por radar, com navios da Marinha e o avião do Ibama, a detecção é muito difícil. Porque ao não se saber qual é a origem, você não sabe onde olha, pra saber se continua saindo óleo, se a fonte permanece, essa é uma dificuldade técnica”, explicou.

Politização
Deputados de oposição não ficaram satisfeitos com as explicações do titular da pasta do Meio Ambiente. Cobraram informações sobre itens como a liberação das praias para o turismo e os perigos das manchas de óleo para a saúde da população. Foram acusados por Ricardo Salles de politizar o debate e devolveram a acusação.

Ficaram indignados também com a saída brusca do ministro da audiência, por conta de compromissos de agenda. O deputado João H. Campos (PSB-PE) foi um dos parlamentares insatisfeitos com as informações do governo. “Está claro que não estamos prontos para enfrentar um desastre deste tamanho”, disse. Ele promete buscar soluções para o problema.

Deputados da base aliada do governo, como José Rocha (PL-BA), apoiaram Ricardo Salles. “O ministro colocou todos os passos que foram seguidos em relação a esse derramamento de óleo, demonstrando a presteza do atendimento pelo governo federal em parceria com os governos estaduais, com os governos municipais e com os voluntários”, ponderou.

Nesta terça-feira, o Senado instalou uma comissão externa para propor soluções no combate às consequências do desastre ambiental nas praias do Nordeste. Já existe uma comissão externa na Câmara com o mesmo objetivo. Há também o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que ainda está sendo examinado.

 

Ricardo Salles informou que 4 mil toneladas de óleo já foram retiradas das praias da região Nordeste e que, atualmente, nove navios trabalham para tentar proteger o arquipélago de Abrolhos. O ministro do Meio Ambiente ressaltou que o governo age em duas frentes: a contenção das manchas e as buscas pela origem do vazamento.

Agência Câmara Notícias.

Imagem: Luis Macedo.

guazelli

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