José Eugênio Adjuto, conhecido nas redes sociais como o “nazista de Unaí” após ter sido flagrado em bar da cidade mineira usando uma faixa com uma suástica, foi denunciado pelo Minsitério Público de Minas Gerais (MP-MG) nesta quarta-feira (22) por crime racial.
Em denúncia apresentada à Vara Criminal de Unaí, a Promotoria de Minas Gerais aponta que Adjuto infringiu o artigo 20, parágrafo 1.º, da Lei 7.716/89 – a Lei dos Crimes Raciais. No texto está previso reclusão de dois a cinco anos e multa para quem “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.
Segundo o MP, o denunciado “produziu artesanalmente a braçadeira contendo o símbolo em seu braço esquerdo, acima do cotovelo, como tradicionalmente utilizavam os nazistas”. A entidade ainda afirma que Adjuto possui “posicionamentos extremistas” e tem “conhecimento histórico” sobre o que o símbolo representa e sobre o que foi a Segunda Guerra Mundial.
“Ainda assim, e mesmo advertido pelas pessoas presentes ao local, indignados e incomodados com o fato, o denunciado recusou-se, por duas vezes, a retirar o adorno, com evidente intenção de propagar ideias nazistas”, diz ainda o MP. Após inação da Polícia Militar, que viu o homem com a braçadeira e nada fez, a Polícia Civil de Unaí agiu e indiciou José Eugênio no dia 19 de dezembro. A repercussão do caso foi tão grande que até mesmo um primo do sujeito foi às redes abominar a atitude do parente.
Chama a atenção o fato da denúncia ser apresentada pelo MP após a repercussão da exoneração do ex-secretário Especial de Cultura, Roberto Alvim, por explicitar a correlação de seu projeto cultural com as iniciativas de propaganda nazistas. Alvim publicou vídeo em que usa frase do ministro da Propaganda nazista, Joseph Goebbels, e adota toda uma estética similar à usada pelos nacionais-socialistas – incluindo trilha sonora de Ópera exaltada por Aldolf Hitler.
Revista Fórum.
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