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Uma entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (23) em Brasília terminou com uma cena no mínimo constrangedora, e talvez seja até incorreto dizer que “terminou”, porque o que se viu foi o ministro da Economia, Paulo Guedes, sendo empurrado e obrigado a “terminar” a entrevista, sem nem mesmo concluir sua linha de raciocínio, intimidado por um ministro e pelo líder do governo na Câmara.

Guedes explicava aos jornalistas sobre as ideias para o seu “programa de substituição tributária” e dava a entender que ele incluiria a criação de um novo imposto, pois isso ajudaria a “fazer uma aterrissagem suave do nosso programa de auxílio emergencial”, quando recebeu um tapinha no ombro do secretário de governo, o general Luiz Eduardo Ramos, e imediatamente deixou de falar, tentando sair de forma apressada.

Ramos continuou com a mão sobre o ombro de Guedes enquanto ele saia. Quando os jornalistas perguntaram, o outrora “superministro” interrompeu sua “fuga” para dizer “agora tem a articulação política”. Porém, segundos antes de dizer essa frase, é possível ver que ele aponta o polegar para Ramos, dando a entender que sua saída era por pressão do ministro-general.

Além de Ramos, quem também atuou na “tropa de choque” bolsonarista sobre Guedes foi o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Durante toda a entrevista, os dois atuaram praticamente como “escoltas” do ministro da Economia, e trocaram olhares segundos antes do secretário de governo dar o tapinha no ombro, o que permite supor que combinaram entre eles a retirada do economista antes de efetuá-la.

Reportagem de Victor Farinelli, da Revista Fórum.

guazelli

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