A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) volta a se reunir amanhã (13) para analisar uma pauta de 18 itens. Entre eles está a proposta do Ministério da Cultura (Minc) que inclui o nome do ex-presidente da Assembleia Nacional Constituinte em 1988, Ulysses Guimarães, no Livro dos Herois e Heroínas da Pátria (PLC 39/2018).
A proposta tem o relatório pela aprovação, elaborado pelo senador João Alberto Souza (MDB-MA). Ele relembra que Ulysses elegeu-se pela primeira vez deputado federal por São Paulo em 1951, conseguindo depois 10 reeleições sucessivas, exercendo mandatos até a sua morte em 1992.
— Nesta trajetória, um dos pontos altos foi o combate ao regime militar que se instalou em 1964. Ele foi incessante na luta contra os desmandos daquele período, e na defesa das liberdades civis e políticas. Também foi memorável o movimento pelas eleições diretas em 1984, quando inclusive passou a ser chamado pelo povo de “Senhor Diretas”. O movimento cresceu muito e o regime militar chegou ao fim — aponta João Alberto em seu relatório.
Constituição de 1988
Com a redemocratização em 1985, Ulysses elege-se presidente da Assembleia Nacional Constituinte que trará à luz a Constituição de 1988. Morreu no dia 12 de outubro de 1992 aos 76 anos, com a queda do helicóptero onde se encontrava no mar de Paraty (RJ). Também estavam no helicóptero o ex-deputado Severo Gomes e as respectivas esposas. Entre eles, o corpo de Ulysses foi o único que nunca foi localizado.
Na mensagem encaminhada pelo Ministério da Cultura, a pasta também destaca a participação de Ulysses na Assembleia Constituinte, que resultou num texto marcado pelo “avanço dos direitos sociais e pela garantia dos direitos individuais. Ulysses foi um político honesto, marcado pela retidão e pela firmeza de propósitos, austeridade e caráter”, conclui o documento do Minc.
Agência Senado.
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