A Defensoria Pública do Estado do Paraná está com novos endereços em Curitiba. A instituição, que antes tinha sede na Cruz Machado, esquina com a Dr. Muricy, tem dois novos endereços, cada um com uma prestação de serviço diferente. O setor administrativo já estava localizado, desde maio de 2018, na Rua Mateus Leme, e o setor de atendimento à população, agora está na Rua José Bonifácio, número 66, na esquina com a Trav. Padre Júlio de Campos, atrás da Catedral, a Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.
As mudanças, que já eram aguardadas há aproximadamente dois anos pela Defensoria, tiveram como objetivo a melhoria na prestação do serviço e no atendimento à população. A sede de atendimento foi estudada e avaliada com cuidado. Segundo o defensor público-geral, Eduardo Abraão, “o prédio foi todo restaurado, para que possa receber a população do Estado. O atendimento ficará melhor, o espaço terá melhor acomodação para a população e o problema da fila será minimizado. ”
O imóvel, que fica no centro da cidade – com fácil acesso e diversos comércios na redondeza – conta, agora, com uma estrutura impecável. Dividido em 3 andares, tem espaço suficiente para atender o público com qualidade e agilidade, fazendo com que o serviço prestado pela DPPR tenha eficácia e, assim, diminuindo a fila.
A mudança ocorreu apenas no endereço, os horários de atendimento continuam os mesmos. Para conferir os horários e telefones, acesse nosso site.
HISTÓRIA DO EDIFÍCIO
O local, que hoje é a sede central de atendimento da DPPR, é um edifício histórico em Curitiba construído em 1898. Ele foi erguido para sediar o comércio “Hauer & Irmão”, popularmente conhecido como Ferragens Hauer. Os donos desse empreendimento eram de uma tradicional família polonesa e alemã que começou a migrar para Curitiba a partir de 1863, quando José Hauer Senior veio para o Brasil de navio, desembarcou na região da atual Joinville e, após dois meses, mudou-se para Curitiba.
O imóvel era de propriedade da família Hauer e foi inaugurado por Francisco e Augusto Hauer. Neste mesmo local, existia uma casa de um único pavimento, que sediava as atividades comerciais da família. Posteriormente foi demolida para a construção do novo prédio, que abrigaria com mais comodidade a família e a loja. A estrutura contava com 3,5 mil metros quadrados de construção. O piso e acabamentos eram feitos com madeira do tipo imbuia.
Na loja da família Hauer haviam duas seções. Em uma vendiam tecidos, armarinhos, acessórios, lenços, chapéus perfumaria, álbuns para retratos, moldes para sapatos e grande sortimento de couro para selaria e sapataria. Já na parte de ferragens, podia ser encontrada grande variedade de ferramentas, material para construção de casas, maquinário agrícola e remédios para animais. A parte superior do prédio era usada como residência, o terceiro pavimento abrigava as dependências de empregadas e na cobertura existia um terraço.
100 anos após a inauguração, um incêndio se alastrou pelo edifício. As instalações foram destruídas e as atividades tiveram que ser encerradas. A partir do ocorrido, o imóvel ficou abandonado. Durante esse período, havia um grande risco de desabamento, pois as paredes da construção foram erguidas em alvenaria estrutural, técnica usada por construtores alemães em que não se utiliza vigas ou pilares, as paredes sustentam umas às outras.
A reforma começou apenas em 2012, após a venda do prédio em um leilão. A obra foi feita sob a supervisão do Instituo de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC). A equipe era composta pelos arquitetos restauradores Ivilyn Weigert e Leandro Nicoleti Gilioli e pelo fiscal de obra João Nardon.
Por fora do edifício, foi restaurada a estrutura original, deixando-a mais parecida possível com a fachada construída em 1898. Já na área interna, praticamente tudo foi reconstruído do “zero”, como a estrutura, o piso e as escadas. Além disso, o prédio passou a ter quatro andares, 4,5 mil metros quadrados de construção e um terraço com vista para os fundos da Catedral Basílica de Curitiba e a Praça Tiradentes.
ASCOM – Defensoria Pública do Paraná.
Imagem: Divulgação.
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