O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, espera que o relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), consiga construir um texto de consenso com diálogo e a participação efetiva dos parlamentares.
Maia anunciou os nomes do relator e do presidente da comissão especial na última quinta-feira (25) após reunião com líderes partidários e a equipe econômica do governo. O deputado Marcelo Ramos (PR-AM) vai presidir os trabalhos no colegiado. Na reunião desta manhã, o secretário da Previdência, Rogério Marinho, apresentou os números e o impacto fiscal da proposta de reforma do governo.
“O relatório que vai sair será feito com todos. Vamos fazer um relatório consensual entre os partidos para que a gente saia forte da comissão com probabilidade de aprovar um bom texto”, afirmou o presidente.
“Vamos fazer o debate, mostrar aos brasileiros e parlamentares que essa reforma vai pedir uma colaboração dos que ganham mais, e os brasileiros que ganham menos vão ter um duplo benefício: não vão ter perdas na reforma e, com a recuperação da economia, vão voltar a ter empregos”, explicou.
Prazo
Em relação ao prazo para concluir a tramitação da proposta, o presidente ressaltou que o prazo razoável para aprovar a reforma é o tempo de convencimento do parlamento e da sociedade sobre a importância do tema. }
“É ruim falar em prazo e em voto. Se você errar o prazo por uma semana, foi uma derrota, se você falar um número e errar o número foi uma derrota. Nós vamos aprovar a reforma da Previdência e vamos aprovar num prazo razoável”, afirmou Maia.
Governadores
Rodrigo Maia destacou ainda que espera apoio dos governadores na aprovação da proposta. Maia disse que há interesse em atender as demandas dos chefes dos executivos estaduais, mas, ressaltou, que é importante que os deputados ligados a eles participem ativamente da aprovação do texto.
“Se não fica difícil ter uma vocalização de um aliado de um governador contra a reforma, a gente assumindo um tema polêmico, e o governador na ponta, não participando de forma efetiva”, ponderou.
Maia reafirmou ainda que a retirada das alterações nas regras do Benefício da Prestação Continuada e na aposentadoria rural ajudam na aprovação da PEC na comissão e no Plenário. Segundo ele, os dois temas não são responsáveis pelo principal impacto na economia de R$ 1 trilhão que o governo espera da reforma.
Câmara Notícias.
Imagem: Pablo Valadares.
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