Os parlamentares do PSOL na Câmara protocolaram na tarde desta quinta-feira (22) um requerimento de convocação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para que dê explicações no plenário da Casa sobre o aumento das queimadas na Amazônia e o desmonte nos órgãos de fiscalização.
A bancada justifica a convocação pontuando que desde que tomou posse o ministro vem tecendo críticas à atuação dos órgãos responsáveis pela fiscalização, em especial, às ações para a proteção e preservação do meio ambiente em todo o país, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
“Não podemos achar normal o que está acontecendo no Brasil. Os índices de desmatamento e queimadas não param de aumentar e o presidente chega ao absurdo de dizer que a culpa é de ONGs que querem atacá-lo. Ricardo Salles é um ministro anti meio ambiente. As ações do ministério estão incentivando os incêndios e o desmatamento, que são crimes contra a humanidade. Ele não se sustenta mais no cargo e precisa sair”, afirma a vice-líder do PSOL na Câmara, deputada Fernanda Melchionna.
Aumento de queimadas
O número de queimadas no Brasil é o recorde para os oito primeiros meses do ano desde 2013. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 74.155 incêndios na Amazônia desde janeiro, um aumento de 85% em relação ao mesmo período de 2018.
No domingo (18/08), uma intensa pluma de material particulado com mais de 3 mil metros de altitude foi detectada por uma equipe do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), que concluiu se tratar de partículas provenientes de queimadas ocorridas nas regiões Centro-Oeste e Norte, entre Paraguai e Mato Grosso, abrangendo trechos da Bolívia, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
O aumento das queimadas não é um fato isolado. No curto período de governo Bolsonaro, em que a agenda ambiental é coordenada pelo ministro Ricardo Salles, também cresceram o desmatamento, a invasão de unidades de conservação e terras indígenas, a exploração ilegal e predatória de recursos naturais.
Com informações do PSOL na Câmara.
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