O MP-PR (Ministério Público do Paraná) investiga denúncias de um esquema de venda de cirurgias bariátricas feitas pelo SUS, serviço público de saúde, que opera dentro do hospital Angelina Caron, , que é privado, responsável por um terço dos procedimentos deste tipo no Brasil.

Nenhum representante do hospital quis conceder entrevista. O hospital nega participar das irregularidades, inclusive enfatizando que já denunciou o problema às autoridades.

Pessoas obesas de fora do Paraná que querem ser operadas conseguem a cirurgia feita pelo SUS mediante pagamento de até R$ 1.500, segundo apurou a reportagem do UOL.

Atravessadores mantêm contatos com funcionários do hospital e conseguem agendar em meses procedimentos que só seriam realizados após anos de espera em outros hospitais, de outras cidades.

O Ministério da Saúde informou que a Ouvidoria do SUS também recebeu denúncias de cobrança de cirurgias bariátricas no Angelina Caron em 2017 e 2019. Os casos foram repassados à Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, que está realizando uma auditoria sobre serviços prestados pelo hospital.

A venda de vagas para cirurgias bariátricas no Angelina Caron é negociada na internet. Em grupos de discussão sobre esse tipo de operação, é comum queixas de pessoas que aguardam há anos para serem atendidas ou que enfrentam dificuldades com a cobertura de seus planos de saúde.

Quando postagens como essa aparecem, atravessadores se prontificam a ajudar. Colocam-se à disposição para uma conversa privada, fora do grupo de discussão.

Revista Fórum.

guazelli

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