A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta segunda-feira (17) acusando o juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro, de participar de “atos de caráter político partidário, de superexposição e de autopromoção”.

Segundo o colunista Lauro Jardim, do Jornal O Globo, a petição direcionada ao corregedor do CNJ, Humberto Martins, é assinada por Felipe Santa Cruz, presidente da OAB, e leva em conta os eventos em que Bretas participou com o presidente Jair Bolsonaro no sábado e postagens feitas pelo juiz.

“Não apenas participou de evento de natureza política — festa evangélica na praia e inauguração de obra pública —, em manifesta afronta à vedação constitucional, como acompanhou a comitiva presidencial desde a chegada na cidade do Rio de Janeiro, publicando, ainda, postagens com manifestação de apreço em redes sociais” , diz trecho do documento.

No sábado, ele apareceu com ex-capitão em duas situações: a inauguração da alça de ligação da Ponte Rio-Niterói com a Linha Vermelha e depois em um vídeo cantando música entoada pelo missionário R.R Soares.

Ele chegou ao local no carro oficial do próprio presidente e subiu em um palco para discursos ao lado de ministros, prefeitos e deputados, situação atípica para a função que exerce nos tribunais.

Na ausência do governador Wilson Witzel (PSC-RJ) — adversário declarado do presidente — acabou sendo a principal autoridade fluminense convidada para o evento.

Revista Fórum.

guazelli

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