O presidente da CPMI das Fake News, senador Angelo Coronel (PSD-BA), encaminhou requerimento ao Facebook para que a comissão tenha acesso a dados de perfis bloqueados.
O Facebook anunciou no início do mês a retirada de 35 contas, 14 páginas e um grupo registrados em sua plataforma de rede social, e mais 38 contas do Instagram, a rede de fotos que pertence ao mesmo grupo. Segundo a empresa, essas contas estavam envolvidas com a criação de perfis falsos e com “comportamento inautêntico”, situação em pessoas atuam em conjunto para enganar outros usuários sobre quem são e o que estão fazendo.
O Facebook informou que os conteúdos publicados eram sobre notícias e eventos locais, incluindo política e eleições; memes políticos; críticas à oposição e a organizações de mídia e jornalistas; e também sobre a pandemia do novo coronavírus.
“Estou fazendo um requerimento solicitando que o Face nos envie todas essas contas retiradas do ar e canceladas, banidas e também o seu conteúdo, se for possível, para que a CPMI possa se debruçar e até melhorar seu relatório, ao final dos trabalhos”, informou Coronel.
No comunicado feito pelo Facebook acerca da medida, a própria empresa admite que o trabalho se deu levando em conta também a atuação do Congresso Nacional.
Uma das linhas de investigação da CPMI é de que haja ligação entre sites de fake news e funcionários do governo federal. Essas páginas excluídas pelo Facebook seriam ligadas a assessores do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos. Tanto o Facebook, quanto o Twitter já removeram vídeos e mensagens do presidente e de seus filhos, alegando que violavam a política das redes.
Segundo a empresa, 883 mil pessoas seguiam uma ou mais das 14 páginas apagadas do Facebook. Já no Instagram, as 38 contas tinham em torno de 917 mil seguidores no total. As contas, as páginas e o grupo que foram removidos do Facebook e do Instagram reuniam cerca de 350 pessoas.
Agência Câmara de Notícias.
Imagem: TV Câmara Federal.
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