Deputados de partidos de oposição aproveitaram a sessão virtual da Câmara desta terça-feira (18) para declarar apoio à greve nacional dos Correios, iniciada na noite de segunda (17).
A federação nacional da categoria denuncia o fim de 70 cláusulas que previam direitos e pagamentos de adicionais aos profissionais e também condenam a possível privatização dos Correios.
O deputado Ivan Valente (Psol-SP) afirmou que é solidário aos trabalhadores que, segundo ele, entraram em greve em defesa da sua saúde, das suas condições de trabalho, e contra a privatização de “um patrimônio nacional”. A privatização, segundo ele, vai acabar com subsídios a estados que têm menos demanda.
“A categoria vem passando por uma feroz precarização, porque o que estamos vendo no meio da pandemia é que eles estão expostos, e a empresa está querendo cada vez mais reduzir direitos dos trabalhadores dos Correios”, criticou.
Os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Paulão (PT-AL) também criticaram a possibilidade de venda dos Correios. “O que está em jogo é uma conquista de décadas dos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, principalmente os carteiros, que têm um salário abaixo da média em relação às outras categorias”, destacou Paulão.
O deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA) ressaltou que os Correios têm função social e que uma convenção coletiva confirmada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) não deveria ser questionada. “No entanto, o patronato, e a própria companhia, que é estatal, resolveu entrar com recursos ao Supremo Tribunal Federal para anular pontos dessa convenção coletiva, que tem validade por dois anos”, criticou.
Monopólio
O deputado José Nelto (Pode-GO), no entanto, defendeu o fim do monopólio dos Correios para incentivar a concorrência. “Nós sabemos dos relevantes serviços prestados à nação pelos Correios, mas não podemos continuar com esse monopólio.”
Agência Câmara de Notícias.
Imagem: Michel Jesus.
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