Senadores alertaram nesta terça-feira (1) para a alta do desmatamento na Amazônia. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desflorestada na região alcançou 11.088 quilômetros quadrados entre agosto de 2019 e julho de 2020 — um crescimento de 9,5% em relação ao período anterior.
O senador Humberto Costa (PT-PE) criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro em relação ao meio ambiente. Em uma rede social, o parlamentar disse que os dados do Inpe são “números que Bolsonaro tenta esconder ou jogar a culpa nos índios”. “Bolsonaro precisa parar de tratar o desmatamento como ele trata tudo na vida dele, fazendo piada ou fugindo. Isso não é piada, não é uma brincadeira. O país precisa de ações contundentes”, escreveu.
Para senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), “o afrouxamento da fiscalização e o aceno ao garimpo e a extração ilegal de madeira estão reduzindo drasticamente a área da floresta”. “De acordo com o Inpe, o Brasil teve o maior índice de desmatamento na Amazônia em 12 anos. No ano passado, a área desmatada equivale a 7,2 vezes a cidade de São Paulo. É o resultado da política ambiental desastrosa e de uma visão de desenvolvimento ultrapassada”, disse.
Segundo o Inpe, a área desmatada de 11.088 km² é a maior área desde 2008, quando foram derrubados 12.911 km² de florestas. O Pará concentra quase metade do desmatamento na atual temporada. Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes).
A taxa de desmatamento divulgada pelo Inpe é mais de três vezes superior à meta para 2020 apresentada pelo Brasil à Convenção do Clima de 2009, em Copenhague. Na ocasião, o país estimava um desmatamento de 3 mil km² na Amazônia.
Agência Senado.
Imagem: Vinicius Mendonça.
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