Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo divulgada neste domingo (6), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que os recentes ataques hacker registrados contra o sistema do TSE podem ter alguma relação com os alvos do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura disseminação de fake news e promoção de atos-democráticos. Boa parte dos investigados no inquérito são agitadores bolsonaristas.
Segundo Barroso, os suspeitos de promover ataques hacker pode ser divididos em três categorias: “os que tentam entrar no sistema para provar que são capazes; tem o segundo grupo, que é hacker que entra no sistema para criptografá-lo e inutilizá-lo e depois cobrar resgate; e terceiro hacker é aquele que quer desacreditar o sistema político, o sistema eleitoral e as instituições. Temos hacker que vamos classificar como anarquistas, como chantagistas e fascistas, que são os que querem desestabilizar o sistema democrático”.
“A Polícia Federal iniciou a investigação, chegou a um hacker português e a três comparsas no Brasil. Nessa linha, esse seria o primeiro grupo de anarquistas. Mas há forte suspeita, por isso indiquei o ministro Alexandre de Moraes para acompanhar a investigação, de que possa estar conectado a grupos que também fizeram ataques sistemáticos ao STF”, declarou o presidente do TSE, estabelecendo essa suposta relação entre os ataques ao sistema eleitoral e os investigados no inquérito relatado por Alexandre de Moraes no Supremo.
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