O deputado estadual Soldado Fruet (PROS) recebeu a resposta do Ministério Público Federal (MPF) ao ofício nº 110/2020, protocolado no último dia 27 de novembro, em que solicitou acesso aos acordos de leniência firmados pelo órgão com concessionárias de pedágio que exploram rodovias no Paraná ou, pelo menos, a listagem detalhada das obras previstas. Como o parlamentar explicou à procuradora-chefe do MPF no Paraná, Paula Cristina Conti Thá, o objetivo do pedido é permitir a efetiva fiscalização destas intervenções que visam reparar o dano sofrido pelos paranaenses.
O MPF repassou ao parlamentar os cronogramas das obras pactuadas com as três pedageiras que fecharam acordos de leniência: Ecovia, Ecocataratas e Rodonorte. A Ecocataratas, responsável por 387 quilômetros da BR-277 entre Guarapuava e Foz do Iguaçu, se comprometeu a realizar quatro obras: readequação do Trevo Cataratas em Cascavel, implantação de faixas adicionais em trechos de pista simples, construção de via marginal nos Kms 726 e 727, em Foz do Iguaçu, e complementação do dispositivo do Km 585+570. “Já se passou um ano desde que o Governo do Estado anunciou estas obras e algumas delas, como o Trevo do Charrua, até agora não saíram do papel”, apontou o deputado. A informação é que esta obra está em fase de projeto.
Por sua vez, a Ecovia, que gerencia as rodovias do Litoral, assumiu o compromisso de executar quatro obras: readequação da PR-407 com a PR-412; alça de retorno da BR-277 com a PR-508; passarelas na Av. Ayrton Senna, em Paranaguá, e na BR-277; e iluminação da BR-277, entre os kms 0 e 5. Enquanto a CCR Rodonorte se prontificou a concluir doze obras no prazo do Contrato de Concessão nº 057/1997, ou seja, até 27 de novembro de 2021. Grande parte das reformas acordadas pela concessionária estão programadas para a BR-376, entre elas a duplicação do trecho entre Ponta Grossa e Apucarana, além da implantação de novos viadutos e trincheiras.
“Como toda a população paranaense, eu gostaria de ver um número bem maior de obras realizadas pelas concessionárias, principalmente para devolver os milhões de reais indevidamente apropriados do povo em mais de vinte anos de contratos”, destacou Soldado Fruet. Segundo ele, as informações recebidas do MPF permitirão um melhor acompanhamento. “Meu compromisso é fiscalizar de perto todas essas obras para que sejam concluídas até o final das atuais concessões e os paranaenses não sejam novamente lesados”, disse, ressaltando que é necessário um esforço conjunto para que as novas concessões sejam mais benéficas ao Estado.
ASCOM – ALEP.
Imagem: Dálie Felberg.
Comentar