Nesta segunda-feira (18), a Defensoria Pública da União pediu a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por falta de segurança em meio à pandemia da COVID-19.

Conforme publicou o jornal Folha de São Paulo, a Defensoria Pública fez um novo pedido de suspensão do Enem para impedir a realização da segunda prova do exame, marcada para o domingo (24). O pedido foi feito à Justiça Federal de São Paulo.

A Defensoria baseou o novo pedido nos problemas registrados no primeiro dia de aplicação do Enem, no domingo (17). Segundo o órgão, esses problemas mostram que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mentiu aos candidatos e também à Justiça sobre a garantia de medidas de segurança sanitária na aplicação do exame.

O Enem de 2020, adiado para janeiro deste ano, teve o maior índice de abstenção da história da prova. A maioria dos inscritos não fez o Enem e a abstenção chegou a 51,5%. O pior índice de abstenção até agora havia ocorrido em 2009, quando a proporção de ausentes alcançou 37,7% dos inscritos. Além disso, houve registro de alunos que foram barrados em salas lotadas em diversos estados.

Apesar da abstenção recorde o ministro da Educação brasileiro, Milton Ribeiro, afirmou no domingo (17) que aplicação do exame foi um sucesso, tendo em vista que a prova foi realizada em meio à pandemia da COVID-19. Na terça-feira (12), o ministro Ribeiro já havia afirmado que uma “minoria barulhenta” queria adiar o Enem.

Apesar da aplicação para quase três milhões de estudantes, a prova foi suspensa por causa do avanço da pandemia em dois estados: Amazonas e Rondônia.

Ao menos 10.171 estudantes já pediram a reaplicação do exame por suspeita de COVID-19, dos quais 1.191 pedidos foram negados. A reaplicação do exame está marcada para os dias 23 e 24 de fevereiro.

Reportagem de © Sputnik.

Imagem: Tânia Rêgo.

guazelli

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