O cenário da covid-19 em Curitiba se agravou fortemente desde meados de fevereiro, acarretando em uma sobrecarga do sistema de saúde da capital, que agora corre sério risco de faltarem leitos para atendimento da população – mesmo com o aumento na criação de leitos.
A Secretaria Municipal da Saúde explica que o aumento da incidência da doença entre a população faz com que nem a ampliação do número de leitos para covid, implementada de forma contínua, seja suficiente para atender a demanda.
Em cerca de 20 dias, Curitiba passou para 966 leitos exclusivos para covid-19, sendo 427 de UTI e 539 clínicos. A ampliação foi de 11%, com abertura de 96 leitos, sendo 56 para UTI e 41 clínicos.
“É como enxugar gelo. Não há ampliação de leitos que dê conta da velocidade com que a epidemia está se propagando e, portanto, levando as pessoas para os hospitais”, diz a secretária municipal da Saúde, Marcia Huçulak.
Especialistas em epideomiologia vêm alertando que este mês de março tende a ser o pior período da pandemia no Brasil.
Em Curitiba, o cenário é o seguinte:
– A média móvel de casos confirmados da doença cresceu 72%, para 1.073 por dia (em 8/3 em relação a 14 dias antes).
– O número de casos ativos cresceu 80%, para 10.747 (em 8/3 em relação a 14 dias antes).
– O número de mortes por covid-19 cresceu 69%, para 22 por dia, na média móvel de 7 dias.
– O número de internamentos de pessoas mais jovens cresceu: 63% na faixa entre 30 e 34 anos, para 175 por semana na segunda quinzena de fevereiro; e 46% na faixa entre 45 e 59 anos, para 264 por semana.
– Ao mesmo tempo, os internamentos de pessoas mais idosas continuou subindo: 16% na faixa entre 60 e 74 anos, para 248 por semana; e 30% para faixa entre 75 a 89 anos, para 78 por semana.
– O Rt (índice de transmissão) subiu de 1,04 (em 15/2) para 1,13, o que significa que cada grupo de 100 pessoas com covid-19 infecta 113. A transmissão consegue ser controlada com o índice fica abaixo de 1
– A cada minuto, entre 3 e 4 pessoas com sintomas respiratórios procuram o sistema de saúde da capital (unidades básicas, UPA e central de atendimento).
– A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 93%.
ASCOM – Prefeitura de Curitiba.
Comentar