O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, comentou a operação da Polícia Federal da qual ele foi alvo na manhã desta quarta-feira (19), classificando a ação como “exagerada e desnecessária”.

A declaração foi feita após sua participação em um seminário realizado em Brasília.

“Faço aqui uma manifestação de surpresa com essa operação que eu entendo exagerada, desnecessária. Até porque todos, não só o ministro, como todos os demais que foram citados e incluídos nessa legislação estiveram sempre à disposição para esclarecer quaisquer questões”, afirmou o ministro, conforme noticiado pelo Estadão.

A Operação Akuanduba, que mobilizou cerca de 160 policiais federais nesta quarta-feira (19), foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado determinou o afastamento do cargo de 10 servidores, incluindo o presidente do Ibama, Eduardo Bim.

Foram realizados 35 mandados de busca e apreensão, no Distrito Federal e nos estados de São Paulo e do Pará, para apurar crimes contra a administração pública praticados por agentes e empresários do ramo madeireiro.

Salles, porém, garantiu que, desde o início de sua gestão, o Ministério do Meio Ambiente “atua sempre com bom senso e respeito às leis e ao devido processo legal” do setor.

“Entendemos que esse inquérito, do pouco que sabemos, porque eu não tive acesso ainda, foi instruído de uma forma que acabou induzindo o ministro relator [Alexandre de Moraes] a erro, induzindo que teria havido uma ação concatenada de agentes do Ibama e de Ministério do Meio Ambiente para favorecer ou para fazer o destravamento indevido do que quer seja”, declarou Salles, afirmando que “essas ações jamais aconteceram”.

O ministro disse ainda que a pasta e o Ibama sempre procuram agir de acordo com as regras, “com bom senso, com equilíbrio”, e que isso ficará demonstrado nos autos do inquérito, conforme forem instruídos.

“Então, estou à disposição aqui. A Polícia Federal foi ao Ministério do Meio Ambiente. Eu fui lá, encontrei o delegado. Soube que também estiveram em outros locais. Agora, essas medidas são desnecessárias, na medida em que o ministério e todos os funcionários poderiam ter ido, se chamados para a Polícia Federal”, afirmou.

Reportagem de © Sputnik.

guazelli

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