Prefeito da capital de Mato Grosso pediu 670 mil doses de vacinas contra a COVID-19, afirmando que esse número seria suficiente para assegurar a vacinação da população acima de 18 anos em Cuiabá.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou nesta quarta-feira (9) o envio de doses extras de vacinas contra a COVID-19 para Cuiabá devido à realização de jogos na Arena Pantanal pela Copa América durante junho.

“Essa demanda das vacinas com certeza nós vamos atender, com muito prazer. Vou verificar com o Programa Nacional de Imunização a quantidade de doses que será remetida para a capital de Mato Grosso. O Ministério da Saúde está sempre de portas abertas”, afirmou o ministro, citado pelo portal G1.

O pedido de doses extras foi realizado pelo prefeito da cidade, Emanuel Pinheiro (MDB) junto com o seu filho, o deputado federal Emauelzinho (PTB).

“Isso representa a vitória do esforço, da união e da interlocução do nosso deputado Emanuelzinho e de todos os cuiabanos, que merecem ser beneficiados com a imunização contra a COVID-19, já que um grande evento esportivo, que é a Copa América, vai acontecer em terras cuiabanas ao longo de todo o mês de junho, o que com certeza vai impactar a rotina da cidade, por mais que haja protocolos restritivos”, disse o prefeito, segundo o portal UOL.

Pinheiro era contra a organização da competição em Cuiabá, afirmando que a decisão partiu de Bolsonaro e do Governo Estadual junto com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O objetivo de Pinheiro era obter 670 mil doses, o que, segundo os cálculos da Prefeitura, seria o suficiente para vacinar toda a população da cidade acima dos 18 anos. Todavia, os números finais das doses extras ainda não foram divulgados.

‘Campeonato da morte’

Especialistas em saúde pública, juízes do Supremo Tribunal e jogadores da Seleção Brasileira questionaram a conveniência de organizar o torneio em meio a uma pandemia. Senadores que participam da CPI da Covid declararam que o campeonato da Copa América no Brasil seria “o campeonato da morte”.

Mais de 475.000 brasileiros morreram em decorrência da COVID-19 e especialistas alertam que uma terceira onda se aproxima junto com o inverno no hemisfério sul.

Reportagem de © Sputnik.

guazelli

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