A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo confirmou ontem (20) que a capital já registra oito casos da variante Delta do novo coronavírus, que teria surgido na Índia. Na semana passada, a prefeitura já havia confirmado que a cidade enfrentava transmissão comunitária da variante delta.
O primeiro caso autóctone (transmissão comunitária) da variante Delta em São Paulo foi confirmado no dia 6 de julho, referente a um homem de 45 anos, sem histórico de viagem e que apresentou sintomas leves da covid-19, sem necessidade de internação. Até então, só um caso importado havia sido identificado em São Paulo, de um morador da cidade de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, que desembarcou no aeroporto de Guarulhos vindo da Índia.
O surgimento de mutações, segundo a secretaria, é um evento natural e esperado dentro do processo evolutivo dos vírus. Desde a caracterização genômica inicial do SARS-CoV-2, que causa a covid-19, o vírus se dividiu em diferentes grupos genéticos. Algumas dessas mutações podem dar vantagens biológicas que facilitam a propagação dos vírus ou até provocar casos mais graves.
Atualmente, quatro variantes são consideradas “variantes de atenção” pelas autoridades sanitárias devido à possibilidade de aumento de transmissibilidade ou gravidade da infecção. São elas: gamma (P.1), alpha (B.1.1.7), beta (B.1.351) e Delta (B.1.617.2). A Delta é uma variante de preocupação no mundo todo, sendo responsável pelo aumento de casos em diversos países, inclusive na Europa.
Além desse primeiro caso identificado de transmissão comunitária, outros quatro foram registrados na zona leste e dois na zona norte. Um oitavo caso foi verificado em uma paciente de um hospital privado. Todos esses pacientes diagnosticados com a variante Delta, segundo a prefeitura, estão bem.
Desde maio, a prefeitura de São Paulo tem intensificado estudos para monitorar o surgimento de novas variantes na cidade.
“Seguiremos com as medidas de rastreamento de todos esses casos, que serão acompanhados pelos nossos técnicos e profissionais para saber se houve contato com viajantes”, disse o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido. “Seguimos enviando os testes, por amostragem, para os institutos Butantan, Adolfo Lutz e de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP)”, disse.
Agência Brasil.
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