Pressionada pelo aumento dos preços de combustíveis, automóveis, alimentação e energia elétrica, a inflação brasileira voltou a apresentar em agosto desempenho acima do esperado pelo mercado financeiro.

No último mês, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,87% ante julho, acima da alta de 0,71% esperada por economistas. Esse é o maior resultado para o mês desde 2000, segundo o Estadão.

O indicador acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses. Em agosto do ano passado, a variação mensal foi de 0,24%.

“O preço da gasolina é influenciado pelos reajustes aplicados nas refinarias de acordo com a política de preços da Petrobras. O dólar, os preços no mercado internacional e o encarecimento dos biocombustíveis são fatores que influenciam os custos, o que acaba sendo repassado ao consumidor final. No ano, a gasolina acumula alta de 31,09%, o etanol 40,75% e o diesel 28,02%”, disse o analista da pesquisa, André Filipe Guedes Almeida, citado pela mídia.

De acordo com o jornal, a segunda maior contribuição no IPCA de agosto foi do grupo alimentação e bebidas (1,39%), que acelerou em relação a julho (0,60%). A alimentação no domicílio passou de alta 0,78% para 1,63%, principalmente por causa dos aumentos nos preços de batata-inglesa (19,91%), café moído (7,51%), frango em pedaços (4,47%), frutas (3,90%) e carnes (0,63%).

No grupo habitação, que teve alta de 0,68%, o resultado foi influenciado pela energia elétrica (1,10%), que desacelerou em relação ao mês anterior (7,88%).

O único grupo que não demonstrou variação negativa foi o da saúde e cuidados pessoais, que apresentou 0,04%, devido à queda de 0,43% nos itens de higiene pessoal.

Reportagem de © Sputnik.

guazelli

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