O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSD), decretou, neste domingo (03), luto oficial de três dias em razão do falecimento do ex-presidente da Assembleia, Ivo Thomazoni, aos 90 anos, ocorrido no sábado (02), em Curitiba.

O velório é realizado na Capela Vaticano e o enterro será às 17 horas no Cemitério Parque Iguaçu.

História

Ivo Thomazoni nasceu em 22 de setembro de 1931, no distrito de Capinzal, em Joaçaba, Santa Catarina, filho de Alduíno Thomazzoni e de Ermelinda Thomazzoni. De 1945 a 1951 exerceu funções administrativas na Companhia Comercial Sudoeste Ltda. E foi no Sudoeste paranaense que ele se radicou, residindo primeiro em Francisco Beltrão e, depois, em Pato Branco.

Como jornalista da Rádio Colmeia de Pato Branco – que mais tarde passou a ser Rádio Celinauta – teve papel ativo no movimento que resultou na chamada Revolta dos Colonos ou Levante dos Posseiros, em 1957, acontecimento político, econômico e social que tomou vários municípios da região e teve como protagonistas colonos e posseiros que disputavam terras em litígio envolvendo os governos estadual e federal e colonizadoras, duas das quais pertencentes ao então governador Moysés Lupion.

Thomazoni, através da Radio Colmeia de Pato Branco, e Walter Pecoits, pela Rádio Colmeia de Francisco Beltrão, forneciam informações sobre as dificuldades enfrentadas pelos agricultores para os ouvintes, assim como alimentavam com notícias a imprensa da capital, uma vez que só em outubro de 1957 alguns veículos de comunicação enviaram repórteres para cobrir o conflito no local. Foi desta forma que Thomazoni assumiu, gradativamente, o papel de uma das lideranças do movimento, que viria a conseguir seu intento na década seguinte, após a criação do GETSOP (Grupo Executivo para as Terras do Sudoeste do Paraná), em 1962, para regularizar os títulos de posse dos pequenos agricultores.

Já consagrado como líder comunitário, em 1958 disputou uma vaga na Assembleia Legislativa, ficando com uma suplência. Chegou a assumir o mandato por alguns meses, mas afastou-se para disputar a Prefeitura de Pato Branco pela União Democrática Nacional (UDN). Elegeu-se com 2.945 votos, governando o município no período de 1960 a 1964. Foi o primeiro prefeito da cidade a concluir o mandato. Seus antecessores, Plácido Machado e Herry Valdir Graeff, renunciaram.

Com a instalação do bipartidarismo, filiou-se à Arena para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa em 1966, elegendo-se com 23.593 votos. Nesse mandato, foi membro da Comissão de Constituição e Justiça. Reelegeu-se em 1970, com 27.278 votos, em 1974, com 32.920 votos, e em 1978, com 56.534 votos. Nos dois últimos pleitos foi o parlamentar mais votado da região. Em 1972 compôs a chapa da Arena à Prefeitura de Pato Branco, com Milton Popija como titular. A chapa foi a vencedora do pleito.

Na Assembleia Legislativa atuou como líder do Governo Jayme Canet Júnior, disputando a presidência da Mesa Executiva com Accioly Neto, integrante da chamada Arena Dissidente, que contava com o apoio massivo da bancada estadual do PMDB. A Arena, porém, conseguiu atrair para o seu lado dois parlamentares peemedebistas, José Domingos Scarpelini e Ernesto Gnoatto, garantindo assim a eleição de Thomazoni para o período 1977/1978. Foi ainda líder do Governo Ney Braga na Casa, já no exercício de seu último mandato parlamentar.

Deixou a política por recomendações médicas, encerrando a carreira profissional como auditor do Tribunal de Contas do Estado.

ASCOM – ALEP.

guazelli

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