O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) foi sondado por membros do PT do Rio de Janeiro para ser o coordenador da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado. O acordo incluiria a retirada do partido ao apoio à candidatura ao governo de Marcelo Freixo (PSB).
No entanto, a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou em entrevista à Fórum nesta quinta-feira (21), que a aliança de seu partido com o PSB é central e negou que exista uma crise com Freixo.
O diretório estadual do PT no Rio decidiu adiar a convenção do partido que se realizaria na próxima segunda-feira (25) por conta da queda de braço com o PSB. Ao contrário do que desejava o PT, o PSB do Rio oficializou nesta semana o lançamento da candidatura do deputado Alessandro Molon para a vaga ao Senado. Molon preside o diretório do estado.
Paes resolveu, por conta das atribuições do seu cargo, dividir a tarefa de coordenador. No acordo, conforme informação do Painel, da Folha, o presidente da Assembleia Legislativa do estado (Alerj), André Ceciliano (PT), disputaria o Senado na chapa que tem Rodrigo Neves (PDT) para o governo e Felipe Santa Cruz (PSD) vice.
Mal-estar
A decisão do PSB de lançar Molon gerou mal-estar entre petistas e foi ventilada a possibilidade da aliança no Rio de Janeiro ser abalada. Gleisi, no entanto, disse à Fórum que a Executiva Nacional do PT liberou 21 estados para fazerem suas convenções regionais. Sete que ainda estão com negociações em andamento não foram liberados. O Rio é um dos sete, ao lado do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre, Rondônia e Rio Grande do Sul.
“O tema será tratado em reunião da executiva na próxima semana, provavelmente na quarta-feira”, garantiu a dirigente, negando que exista crise entre seu partido e Marcelo Freixo.
Reportagem de Julinho Bittencourt, da Revista Fórum.
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