A candidata do União Brasil à Presidência da República, Soraya Thronicke, defendeu ontem (14) um conceito de liberalismo aplicado na Inglaterra adaptado ao contexto de desigualdade social e fome que caracteriza o Brasil atual. “Meu liberalismo é um liberalismo customizado à la brasileira. Não dá para pegar o conceito inicial de liberalismo, que está numa caixinha e funciona na Inglaterra, e implantá-lo no Brasil, onde muitos estão passando fome”, disse na sabatina Hora do Voto, promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em São Paulo.

Ela acrescentou que pretende manter programas de auxílio “até que consigamos equalizar os problemas do país”, disse. Até porque, acrescentou, “não é porque o ano vai virar que as pessoas deixarão de passar fome”.

O desafio, segundo ela, não será pequeno. “O problema é: temos condições de bancar isso? Teremos de apertar o cinto. Temos o teto de gastos que é uma outra discussão complexa, mas sabemos que temos de colocar recursos no essencial e deixar o não essencial de lado”.

Reforma

Ao defender uma reforma tributária, Soraya citou a proposta do Imposto Único Federal, cuja implementação não vai “invadir” a esfera de estados e municípios. “De um cerne de 11 tributos federais, vamos substituí-los por um imposto só, digital, que será cobrado no depósito e no saque, a uma alíquota de 1,26%. Nossa proposta é fácil de passar porque não aumentamos tributo. E porque os repasses a entes federados permanecem. Então não tem crise no impacto federativo, mas respeito”, argumentou.

Por conta da alíquota muito baixa, a candidata acredita que esse imposto desestimulará a sonegação, passando a ser custeado por praticamente 100% da população. “Quando todos pagam, todos pagam menos. É simples”, disse.

Agência Brasil.

guazelli

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