Em vídeos postados hoje (20) nas redes sociais, o candidato à presidente da República pela UP, Leo Pericles, lamentou a estigmatização em torno da reforma agrária e da reforma urbana. Ele também defendeu a desapropriação de prédios abandonados e sua adequação para fins de moradia popular. “Eu fico absurdado que isso passou a ser palavrão”, disse ele. 

As cenas divulgadas trazem momentos das suas atividades de campanha realizadas ontem (19) na cidade mineira de Contagem e hoje (20) em Brasília. Nos dois dias, Leo Pericles percorreu ruas, participou de plenárias com trabalhadores e estudantes universitários e concedeu entrevistas a veículos da imprensa. Na capital federal, ele também assinou cartas de compromisso propostas por entidades ligadas à educação como a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). 

“Nossa proposta é suspender o pagamento da dívida pública e investir massivamente em quatro áreas: educação, saúde, moradia e saneamanto básico. É uma proposta que mexe inclusive com a questão do emprego no Brasil, porque você permite contratar as frentes emergenciais de trabalho para resolver o saneamento. Contrata as pessoas do próprio bairro que não tem saneamento”, disse.

Leo Pericles citou a situação de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, que vivenciou no início do ano a maior tragédia de sua história após um temporal atingir a cidade causando mais de 200 mortos e deixando centenas de desabrigados. “Não é por causa da chuva. É por causa do descaso dos governos, da desumanidade. Tem que contratar as pessoas para reconstruir as moradias em lugares estratégicos, melhores, que não vão cair. Moradias de qualidade para essas pessoas. Desapropriar prédio que está abandonado, reformar eles para adequá-los à moradia. Estamos falando de uma movimentação na economia impressionante”.

O candidato criticou a ideologia neoliberal e propostas baseadas na redução de investimentos públicos. “Ficam pregando o estado mínimo para os pobres. Porque para eles é estado máximo. Precisa muito dinheiro público para manter eles. É uma hipocrisia”.

Agência Brasil.

guazelli

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