Os atos que fecharam estradas e rodovias de todo o Brasil nos últimos dias e a reunião de grupos bolsonaristas no feriado de Finados, na última quarta-feira (2), em frente a quarteis de várias capitais do país tendem a arrefecer rapidamente por falta de apoio político. Para o professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e cientista político Darlan Montenegro, as pautas enfraqueceram diante da derrota inquestionável do presidente Jair Bolsonaro (PL) no último domingo (30).
Em entrevista ao Brasil de Fato, o pesquisador comenta o papel das big techs na disseminação de informações falsas e afirma que a pressão popular nos próximos meses poderá ditar os eventuais processos e punições contra Bolsonaro, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, pelos crimes de prevaricação e incitação a atos antidemocráticos, logo após a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na conversa a seguir, Montenegro é reticente quanto à força de um Bolsonaro “sem a caneta e sem a máquina pública nas mãos”. O cientista político aposta em uma direita que tende a se ramificar e ter lideranças como o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em uma direita mais moderada que a do atual presidente, e, por outro lado, na figura da ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos) capturando o fanatismo bolsonarista.
Reportagem de Eduardo Miranda, da Brasil de Fato.
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