Em apenas quatro dias, em um processo acelerado, sem transparência e sem discussão com a sociedade, o governo Ratinho Jr. aprovou na Assembleia Legislativa (Alep) a privatização da Copel, a maior empresa paranaense. O projeto de lei 493/2022, que entrega o controle acionário da Copel, foi aprovado na manhã desta quinta-feira (24). A segunda votação do PL recebeu 38 votos a favor, e 13 contrários.
A oposição apresentou três emendas para impedir a venda da estatal, mas as propostas foram rejeitadas pela bancada governista. Durante a sessão, o líder da bancada, Arilson Chiorato (PT) anunciou um pacote de medidas na Justiça e órgãos competentes para barrar a privatização.
“A oposição fez um leque de medidas para serem adotadas após a votação. Existe uma ação popular; um mandado de segurança já protocolado, existem erros de tramitação que serão considerados em uma nova ação; existe uma denúncia no Ministério Público Federal; um comunicado ao Conselho de Valores Mobiliários (CVM), também um pedido junto ao Tribunal de Contas do Estado”, pontou.
“Há ainda um comunicado ao governo de transição, uma vez que o BNDESPAR é um acionista da Copel e a União será prejudicada com a privatização, e uma notícia de hoje sobre a suspensão da renovação da outorga de produção das três maiores hidrelétricas da Copel pelo Ministério de Minas e Energia por conta do governo de transição. O que não falta é argumento. As ações da oposição estão muito robustas tecnicamente e entendemos que a Copel vai voltar para as mãos do povo paranaense”, complementou.
O deputado Arilson ainda ressaltou que a Copel é o principal patrimônio do Paraná, a maior empresa do Estado, que vale R$ 23 bilhões e gerou R$ 5,1 bilhões de lucro no último ano. “É parte do desenvolvimento estratégico do Paraná. Não pode ser privatizada! O processo de privatização é cheio de falhas, erros, imoral e ilegal. Não tem transparência, não foi realizada audiência pública, não foi apresentado um estudo com o impacto orçamentário e financeiro. As empresas de serviços que foram privatizadas resultaram em três fatos: aumento de tarifa, redução de investimento e perda dos direitos trabalhistas”.
DEPUTADOS QUE VOTARAM A FAVOR DA VENDA DA COPEL– 2ª DISCUSSÃO
ADELINO RIBEIRO
ALEXANDRE AMARO
ALEXANDRE CURI
ANIBELLI NETO
ARTAGÃO JUNIOR
BAZANA
BOCA ABERTA JUNIOR
CANTORA MARA LIMA
COBRA REPÓRTER
DEL. FERNANDO MARTINS
DEL. JACOVÓS
DOUGLAS FABRÍCIO
DR. BATISTA
ELIO RUSCH
FRANCISCO BUHRER
GALO
GILBERTO RIBEIRO
GILSON DE SOUZA
GUTO SILVA
HOMERO MARCHESE
JONAS GUIMARÃES
LUIZ FERNANDO GUERRA
MARCEL MICHELETTO
MARCIO NUNES
MAURO MORAES
NATAN SPERAFICO
NELSON LUERSEN
PAULO LITRO
PLAUTO MIRÓ
REICHEMBACH
RICARDO ARRUDA
RODRIGO ESTACHO
SOLDADO FRUET
TIAGO AMARAL
TIÃO MEDEIROS
DEPUTADOS QUE VOTARAM CONTRA DA VENDA DA COPEL – 2ª DISCUSSÃO
CORONEL LEE
CRISTINA SILVESTRI
EVANDRO ARAÚJO
LUCIANA RAFAGNIN
LUIZ CLAUDIO ROMANELLI
MABEL CANTO
MARCIO PACHECO
MICHELE CAPUTO
PROFESSOR LEMOS
REQUIÃO FILHO
TADEU VENERI
TERCÍLIO TURINI
NÃO VOTARAM – 2ª DISCUSSÃO
ADEMAR TRAIANO
GOURA
LUIZ CARLOS MARTINS
NELSON JUSTUS
NEREU MOURA
SOLDADO ADRIANO JOSÉ
Texto – Assessoria Oposição
Imagem: Orlando Kissner.
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