A equipe de missionários redentoristas que estará à frente do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro será empossada neste domingo, dia 14 de janeiro, durante a missa das 10h30. O novo reitor do Santuário é o padre Joaquim Parron, doutor em ética social, conhecido por suas ações sociais nas periferias de Curitiba. A celebração será presidida pelo bispo auxiliar de Curitiba, dom Reginei Modolo.

Além de padre Parron, o grupo de missionários redentoristas será composto pelos padres Rodrigo de Castro, Pedro Luís, Adriano Franzoi e Charles Coury, e também pelos fraters Andrey Remer e Aurélio Rodrigues. Todos estarão envolvidos nos trabalhos de evangelização e nas ações comunitárias junto à população necessitada.

Desde que o nome do padre Parron foi anunciado, a preocupação da sociedade curitibana era com relação à continuidade dos trabalhos comunitários desenvolvidos por ele junto ao Movimento SOS Combate à Fome. O Movimento foi criado pelo religioso, com apoio de outros líderes católicos, no início da pandemia de Covid-19, inicialmente com o nome de SOS Vila Torres, e atualmente promove a entrega de 2 mil cestas básicas por mês em sete comunidades carentes das periferias de Curitiba.

No entanto, Parron garante que as atividades sociais serão mantidas e até mesmo ampliadas. “O próprio arcebispo, Dom José Antonio Peruzzo, prometeu total apoio e me pediu pessoalmente que o trabalho junto aos desassistidos seja mantido”, afirma o redentorista. Por isso o grupo foi reforçado e, segundo Parron, está animadíssimo para abraçar as ações.

Movimento SOS Combate à Fome

Quando as igrejas e lojas se fecharam no início da pandemia, em 2020, o padre Joaquim Parron organizou mutirões para a produção e entrega de marmitas às pessoas que viviam na vulnerabilidade social. Nascia ali o Movimento, inicialmente chamado SOS Vila Torres, com a missão de ajudar catadores de materiais recicláveis moradores da Vila, que foram bastante afetados com a pandemia.

Porém, logo as ações cresceram ainda mais, chegando a sete comunidades pobres da capital. O Movimento passou a se chamar SOS Combate à Fome, arrecandando e entregando milhares de cestas básicas às famílias fragilizadas pelo Covid-19. O sacerdote chamou a atenção da sociedade e da imprensa porque, enquanto as igrejas fechavam suas portas para evitar o Covid-19, ele, com os devidos cuidados, foi às ruas para realizar ações sociais em prol dos mais necessitados.

Atualmente, cerca de 2 mil cestas básicas são distribuídas todos os meses a pessoas desassistidas. Além disso, cursos de capacitação são oferecidos e também são organizadas ações de encaminhamento dos profissionais a vagas de trabalho. “Não basta dar o peixe. Precisamos ensinar a pescar e garantir o acesso aos rios”, compara padre Parron.

O religioso vê a missão de assumir o Santuário do Perpétuo Socorro como uma oportunidade de chegar a mais pessoas com o serviço de evangelização e também com a sensibilização para ações de solidariedade.

“Jesus caminhava com os doentes, os pobres e os marginalizados da sociedade de seu tempo e anunciava a Palavra de Deus. Percebo que a minha missão é evangelizar as pessoas e promover, a partir da caridade, a solidariedade com os que sofrem. Uma Igreja somente tem êxito quando anuncia profeticamente o amor a Deus e o amor ao próximo, que muitas vezes é o excluído da sociedade”, declara.

Padre Joaquim Parron é doutor em ética social pela the Catholic University of America, de Washington, DC, mestre em pedagogia universitária pela PUCPR, licenciado em filosofia e psicologia e graduado em teologia. Também é professor de teologia moral na Faculdade Claretiana, em Curitiba.

guazelli

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