Quando se trata de maturidade no mercado imobiliário, Curitiba é uma das cidades que se destaca no cenário nacional, especialmente pela organização e profissionalização dos corretores. Um dos fatores que fortemente chancelam essa marca é a manutenção da exclusividade em grande parte das opções de venda e locação dos imóveis, prática que vem diminuindo consideravelmente nas demais cidades brasileiras.

Ou seja, para quem tem imóvel para vender ou alugar, dar a opção de exclusividade significa formalizar um compromisso garantindo que a transação será feita exclusivamente por uma imobiliária, por um período determinado em contrato. Quando não há um documento que garanta esta opção, tecnicamente significa que qualquer corretor ou imobiliária poderá oferecer e divulgar este imóvel.

Em um primeiro momento, quem tem um imóvel e quer vendê-lo ou alugá-lo, imagina que quanto mais imobiliárias estiverem divulgando, mais chances esse proprietário terá de realizar negócios. Na teoria, é isso que deveria acontecer, mas a prática mostra justamente o contrário, na maioria dos casos.

Especialista em marketing e relações com o mercado, Tatiana Gielow explica que esta decisão pode mudar completamente a qualidade e a segurança das negociações. “Cachorro que tem dois donos, morre de fome, é isso que define a não-exclusividade”, afirma Tatiana, que administra a agência Basetag, responsável pelo marketing de dezenas de imobiliárias em todas as regiões do país.

“É nítido como em Curitiba as negociações se dão com mais velocidade e segurança, frente às demais praças. Como boa parte das imobiliárias prezam por imóveis com exclusividade, os investimentos em anúncios, vídeos, materiais patrocinados digitais e offline, são muito mais intensos. Isso faz com que os negócios realmente aconteçam com maior velocidade”, completa.

Ela explica ainda que, quando uma imobiliária ou corretor tem essa opção assegurada, a dedicação e o empenho da força de vendas é mais forte. “Observamos que na situação contrária, um proprietário que não opta por nenhuma imobiliária única e pensa em trabalhar com todas, desmotiva o vendedor que, naturalmente, acabará não concentrando esforços para fazer negócios”.

O mercado curitibano mantém essa cultura de exclusividade por perceber resultados eficientes. “Não vemos aqui, ou vemos muito pouco, imóveis à venda com placas de diferentes imobiliárias. E isso é muito comum em outros centros, como São Paulo. Esse excesso de placas e anúncios tem efeito inverso, passando para possíveis compradores a sensação de que há algo errado com o imóvel, ou que o proprietário está desesperado para vender e, com isso, as ofertas, quando ocorrem, depreciam o imóvel”.

Como dica, a especialista afirma que o ideal é buscar uma imobiliária que seja bem estabelecida no mercado, com avaliações positivas, boas indicações de clientes, e colocar o imóvel a ser negociado com a opção de exclusividade. “É um acordo formal de confiança mútua entre proprietário e imobiliária, fortalecido pela confiança e compromissos estabelecidos de ambas as partes. Esta prática comprovadamente traz mais velocidade e segurança nas negociações”, finaliza Tatiana.

Via assessoria.

guazelli

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