A indicação de “Democracia em Vertigem” ao Oscar na categoria de Melhor Documentário irritou diversos seguimentos da direita brasileira. Parlamentares ligados a igrejas evangélicas, ao bolsonarismo e até ao monarquismo usaram as redes sociais nesta segunda-feira (13) para condenar o reconhecimento da obra dirigida pela cineasta Petra Costa por parte da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

Depois do PSDB debochar do documentário e ser criticado nas redes por dizer que a produção se trata de uma obra de ficção, o secretário Especial de Cultura do governo Bolsonaro, Rodrigo Alvim, fez o mesmo e abriu margem para uma sequência de parlamentares bolsonaristas aderirem à mesma tese – sem provavelmente terem assistido à obra.

“Concordo totalmente com nosso secretário especial da cultura, Roberto Alvim, o filme Democracia em vertigem deveria estar na categoria de ficção e não de documentário. Os fatos parecem ser verídicos mas a narrativa é toda petista”, publicou a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).

O deputado federal “príncipe” Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-SP) também criticou a obra e criou uma teoria conspiratória. “No julgamento do impeachment da Dilma no Senado em 2016 presenciamos a equipe de filmagem do ‘Democracia em Vertigem’ em ação. Eles capturavam as imagens e diálogos com já com a expectativa de impeachment e de prisão do ex-presidiário. Nada como ter tudo planejado”, tuitou o parlamentar, que se diz herdeiro do extinto trono da família real no Brasil.

O pastor Marco Feliciano, que também é deputado federal e foi expulso do seu antigo partido (Podemos) por ser bolsonarista, foi outro que demonstrou indignação com a indicação do filme. “A indicação ao Oscar de Democracia em Vertigem só mostra o qto a esquerda mundial está apavorada com a onda conservadora, com o governo do PR Jair Bolsonaro! O que farão se o mais importante país da América Latina tiver um governo liberal-conservador de sucesso?”, declarou, logo após fazer um tuíte dizendo que a nomeação era “um acinte ao povo brasileiro”.

Revista Fórum.

guazelli

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