O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, pediu desculpas aos colegas da Corte e à sociedade brasileira pelo atraso de quase três horas na divulgação dos resultados do primeiro turno das eleições municipais. 

Durante abertura da sessão do tribunal, Barroso reiterou que o atraso foi causado por um problema no computador responsável pela operação e que o fato não alterou os votos dos eleitores.

“Peço desculpas aos colegas e à sociedade brasileira por essa dificuldade que enfrentamos, mas esclareço que não houve nenhum tipo de comprometimento para fidedignidade do voto, para a fidelidade da manifestação da vontade popular”, garantiu.

O presidente explicou que o resultado da votação é definido na urna eletrônica e não há como os votos serem alterados durante o processo de envio dos dados para o TSE, que realiza a totalização, ou seja, a soma dos votos recebidos pelos candidatos em todo o país.

Segundo o ministro, os partidos políticos podem checar se os votos dados aos candidatos foram totalizados por meio do boletim de urna, o relatório impresso afixado na porta das seções eleitorais após o fim da votação.

“Nunca aconteceu de haver uma inconsistência entre uma coisa e outra. Portanto, houve um pequeno atraso para a totalização dos 113 milhões de votos, que foi totalmente irrelevante para a fidelidade do resultado que foi divulgado”, afirmou.

Segundo o TSE, o atraso na divulgação dos resultados foi causado por uma falha no sistema de inteligência artificial de um computador. O supercomputador responsável pela totalização e divulgação dos votos chegou ao tribunal em agosto, devido à pandemia da covid-19, e não houve tempo suficiente para fazer todos os testes antes do primeiro turno. O equipamento foi comprado em março.

A Oracle, empresa responsável pelo computador que apresentou defeito, foi acionada para resolver o problema até o segundo turno, que será realizado no dia 29 de novembro.

A forma de totalização centralizada no TSE vai continuar no segundo turno. Nas eleições passadas, a totalização era feita pelos tribunais regionais eleitorais e foi alterada por motivos de segurança e de custos. Aliado às proteções para evitar ataques de hackers, a novidade também pode ter contribuído para a lentidão, de acordo com o tribunal.

Agência Brasil.

guazelli

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