O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quarta-feira (27) que pode exportar um lote de 54 milhões de doses da CoronaVac caso o governo federal não se interesse em adquirir as vacinas.
O lote de 54 milhões é extra, e está previsto no contrato firmado entre o Butantan e o Ministério da Saúde. O acordo prevê a entrega de 46 milhões de doses da vacina até abril, com a possibilidade de ampliação com o lote extra. Caso haja interesse em adquirir as doses, a pasta deve sinalizar.
Segundo Covas, os países da América Latina com os quais o Butantan firmou acordo estão cobrando um cronograma por parte do instituto.
“Se houver a resposta positiva do Ministério, de mais 54 milhões, nós vamos fazer um planejamento para ter as 54 milhões – mais as 40 milhões dos países vizinhos. Não havendo a manifestação do Ministério, nós vamos dirigir a produção para atender os países. Inclusive, com a possibilidade até de aumentar a oferta de vacina, porque existe uma demanda muito grande nesse momento”, disse o diretor do Butantan, em coletiva de imprensa.
O Butantan aguarda a chegada do ingrediente farmacêutico ativo importado da China para dar continuidade à entrega das vacinas. Na segunda-feira (25), o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, confirmou a liberação de 5,4 mil litros do insumo para o Brasil.
“Nós já estamos produzindo essas 46 [milhões]. Com a chegada da matéria-prima, o início vai acontecer muito rapidamente. Então, vamos cumprir o cronograma, com possibilidade até de adiantamento. Mas precisamos agora da definição das 54 milhões adicionais”, disse Dimas Covas em coletiva de imprensa nesta quarta.
O Instituto Butantan informou na terça-feira (26) que espera receber até abril todos os insumos contratados até o momento para a produção de 40 milhões de doses.
Ontem (27) cidades de todo o Brasil começaram a aplicar nos cidadãos brasileiros as vacinas da AstraZeneca importadas da Índia. Não há, no entanto, um número consolidado de pessoas vacinadas no Brasil por parte do Ministério da Saúde.
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