O presidente Jair Bolsonaro disse pela primeira vez desde o fim do benefício que o auxílio poderá ser prorrogado em 2021.
O pagamento da bolsa foi encerrado em dezembro do ano passado, à época no valor de R$ 300. Inicialmente, o valor do benefício era de R$ 600, mas, após ser estendido até o final de 2020, a quantia foi reduzida pela metade.
“Eu acho que vai ter. Vai ter uma prorrogação. Foram cinco meses de R$ 600 e quatro meses de R$ 300. O endividamento chegou na casa dos R$ 300 bilhões. Isso tem um custo. O ideal é a economia voltar ao normal”, disse Bolsonaro em entrevista à TV Band nesta segunda-feira (8).
Valor indefinido
Apesar da declaração, o presidente não mencionou de quanto seria o valor e nem quando seria concedido. A hipótese que tem ganhado força, no entanto, é de um pagamento de R$ 200, mesmo valor que o governo queria dar no início da pandemia, mas que aumentou após pressão do Congresso.
Bolsonaro disse ainda que o ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalha com a possibilidade de reativar o auxílio caso a economia siga em baixa e a pandemia continuar.
O benefício foi criado para ajudar desempregados e trabalhadores informais durante a pandemia da COVID-19. Os números de casos e mortes por coronavírus, após apresentarem tendência de estabilização e leve queda no ano passado, voltaram a subir.
“O Paulo Guedes tem dito, se a pandemia continuar e a economia não pegar, vamos discutir para ontem a prorrogação do auxílio emergencial”, disse o presidente.
Ajuste fiscal
Apesar de admitir a prorrogação, Bolsonaro afirmou que a prorrogação do benefício poderia causar problemas fiscais.
“Os brasileiros estão com dificuldade? Sim. Mas mais um endividamento? Se eu não fizer com responsabilidade, sobe a desconfiança no mercado, sobe o preço do dólar, sobe o preço de combustível? É uma bola de neve. Não é só ‘vou fazer’. Se fosse, o ideal seria dar R$ 10.000 para cada um até esse vírus sair”, disse.
Reportagem da © Sputnik.
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