O novo líder do PSB na Câmara dos Deputados, Danilo Cabral (PSB-PE), anunciou na noite desta quinta-feira (11) que o ex-líder da bancada do partido, Alessandro Molon (PSB-RJ), vai assumir a Liderança da Oposição. A novidade, no entanto, gerou críticas entre outros partidos oposicionistas.
“Na condição de Líder do PSB, acabei de encaminhar ofício ao Presidente da Câmara indicando o deputado Alessandro Molon para exercer a liderança da oposição. Molon é um dos grandes quadros do PSB e tem uma atuação destacada no Congresso Nacional”, escreveu Cabral em seu perfil no Twitter.
A conta da bancada do partido reforçou a notícia: “PSB indica Alessandro Molon para a liderança do bloco da Oposição da Câmara”.
A novidade incomodou alguns parlamentares, como Orlando Silva (PCdoB-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ), que alegaram que o nome de Molon não foi apresentado anteriormente para os demais partidos do bloco oposicionista antes da oficialização.
“Como assim, amigo? Respeito o dep. Alessandro Molon, parlamentar exemplar, e respeito o PSB, mas o líder da oposição não é decidido por UM partido. Há critérios políticos e regimentais. Sou deputado de oposição, luto e voto contra Bolsonaro, e não aceito decisão unilateral”, tuitou Silva.
“A liderança de oposição na Câmara é um espaço coletivo. Por isso, não deve ser indicada por único partido. Essa decisão não pode ser unilateral. Deve ser tomada pelo conjunto das siglas que compõem a oposição. É assim que fortaleceremos o enfrentamento ao governo Bolsonaro”, escreveu Petrone, que é líder do PSOL.
O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, reforçou a crítica da correligionária. “Diferenças pontuais não podem servir pra justificar esse tipo de comportamento. A indicação da Liderança da Oposição deve ser feita de forma coletiva. Apoio a manifestação de indignação da líder do PSOL, Talíria Petrone, assim como de outros deputados da oposição”, disse.
O deputado André Figueiredo (PDT-CE) é o atual líder da Oposição.
Segundo informações da jornalista Renata Bezerra de Melo, da Folha de Pernambuco, a ida de Molon foi um acordo interno feito no PSB diante das rusgas entre ele e Cabral, que exigia a liderança da bancada. A reportagem aponta que, pelo revezamento, seria a vez do PSB ocupar a liderança da oposição.
Comentar