O boletim semanal Infogripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), indica que a ocorrência de casos e de mortes por covid-19 e por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continua em um patamar muito alto em todas as regiões do país. Os novos dados divulgados ontem (18) também registram a manutenção de sinal de queda de SRAG no país a partir de segunda semana de janeiro.
A SRAG é uma complicação respiratória associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas. As notificações aumentaram muito no ano passado em decorrência da pandemia de covid-19.
Desde o início de 2020, segundo o levantamento do Infogripe, 97,9% das ocorrências de SRAG com exame positivo para infecção viral estão associadas à covid-19. Em 2019, foram reportados ao todo 39,4 mil casos e 3.811 mortes. De janeiro do ano passado até a última semana, foram notificados 773.820 casos, além de 184.685 óbitos.
Sinal de queda
O Infogripe leva em conta as notificações de SRAG registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios. O levantamento traz uma análise para as próximas três semanas (curto prazo) e para as próximas seis semanas (longo prazo).
Assim como nas últimas edições, o sinal de queda no longo prazo foi registrado quando considerado todo o país. No entanto, o boletim observa que a situação das cidades e estados é bastando heterogênea, o que faz com que o dado nacional não seja o melhor indicador para a definição de ações locais. Nesse sentido, recomenda-se maior atenção aos dados locais que devem ser analisados combinados com outras informações como as taxas de ocupação de leitos.
Das 27 capitais, oito registram sinal moderado ou forte de crescimento na tendência de longo prazo – Fortaleza, João Pessoa, Aracaju, Boa Vista, Campo Grande, Florianópolis, Porto Alegre e São Luís – e outras oito apresentam sinal de queda – Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Manaus, Rio de Janeiro, São Paulo e Teresina.
O Infogripe aponta também que, em 15 estados, há ao menos uma macrorregião de saúde com sinal de crescimento na tendência de longo ou de curto prazo: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
O boletim, porém, chama atenção para a falta de confiança dos dados de Mato Grosso e Cuiabá. Isso porque há uma diferença entre o número de notificações registradas no Sivep-gripe e as que estão reportadas no sistema estadual.
Agência Brasil.
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