Após a recente saída do general Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde, o centrão do Congresso Nacional passou a intensificar a pressão contra o governo Bolsonaro, o que provocou mudanças em outros seis ministérios. O primeiro a ser demitido nesta segunda-feira foi Ernesto Araújo, que ocupava o Ministério das Relações Exteriores e vinha sendo duramente criticado por deputados e senadores.
O segundo do dia a deixar o governo foi Fernando Azevedo e Silva, do Ministério da Defesa. Na sequência, José Levi, responsável pela Advocacia-Geral da União (AGU), apresentou sua carta de demissão das pasta, após ter o cargo solicitado pelo presidente Jair Bolsonaro.
As mudanças provocaram trocas em 6 ministérios, e acontecem dias após o presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL), que é líder do centrão, ameaçar Jair Bolsonaro caso não houvesse mudanças de rumos no governo.
“Será preciso que essa capacidade de ouvir tenha como contrapartida a flexibilidade de ceder. Sem esse exercício, a ser praticado por todos, esse esforço não produzira os resultados necessários. Os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos. Alguns, fatais. Muitas vezes são aplicados quando a espiral de erros de avaliação se torna uma escala geométrica incontrolável”, havia disparado Lira, logo após reunião com Bolsonaro, na última quarta-feira (24).
Confira, abaixo, todas as mudanças ministeriais desta segunda-feira.
Ministério da Defesa
Walter Braga Netto entra no lugar de Fernando Azevedo e Silva
Casa Civil
Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira entra no lugar de Walter Braga Netto
Secretaria de Governo da Presidência
Flávia Arruda entra no lugar de Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira
Advocacia-Geral da União
André Luiz Mendonça entra no lugar de José Levi Mello.
Ministério da Justiça
Delegado Anderson Gustavo Torres entra no lugar de André Luiz Mendonça
Ministério das Relações Exteriores
Embaixador Carlos Alberto Franco França entra no lugar de Ernesto Araújo
Reportagem de Ivan Longo, da Revista Fórum.
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