No curso da operação da Polícia Civil que investiga crimes praticados por agentes e empresários do ramo madeireiro, um dos principais assessores do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pede para se desligar do cargo.
Nesta quarta-feira (2), Leopoldo Penteado Butkiewicz, assessor do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu para ser exonerado do cargo, segundo o G1.
O pedido de Butkiewicz acontece enquanto a operação da Polícia Federal, a Operação Akuanduba, que investiga exportação de madeira ilegal, está em curso.
Apesar da solicitação para exoneração, o assessor e mais seis pessoas ligadas ao Ministério do Meio Ambiente já haviam sido afastadas de seus cargos por 90 dias.
O afastamento por 90 dias dos investigados foi publicado na terça (1º) no Diário Oficial por meio de duas portarias. Uma assinada pelo ministro Luiz Eduardo Ramos, da Casa Civil, e outra, pelo próprio ministro Ricardo Salles. Ambas determinam que os agentes públicos especificados deveriam ser afastados do exercício da função pública a partir do dia 19 de maio, incluindo Butkiewicz.
Os agentes afastados por pelo ministro da Casa Civil foram: Eduardo Fortunato Bim, Olivaldi Alves Borges Azevedo, Olímpio Ferreira Magalhães, João Pessoa Riograndense Moreira Júnior. E por Ricardo Salles, Rafael Freire de Macedo e Wagner Tadeu Matiota.
A operação tem como alvo pedidos de busca e apreensão para o ministro Ricardo Salles e o presidente do Ibama, Eduardo Bim.
A missão da PF consiste em apurar crimes contra a administração pública praticados por agentes e empresários do ramo madeireiro, através de exportação de madeira ilegal para os Estados Unidos e para Europa. Entre os crimes supostamente praticados, há prática de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando.
A investigação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Salles.
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