Através de sua conta de e-mail oficial da Câmara de Curitiba, o vereador Sidnei Toaldo (Patriota) teria supostamente enviado mensagem com ofensas ao também vereador Renato Freitas (PT), nesta segunda (09). Toaldo é relator do Processo Ético Disciplinar (PED) do qual o petista é alvo.
Na mensagem assinada supostamente por Toaldo, afirma-se que o “advogadozinho de porta de cadeia” de Freitas não conseguirá “evitar o inevitável”, que seria a cassação do petista. O texto ainda diz que a Câmara de Vereadores não é lugar para Freitas e o manda voltar para a senzala. “Eu não tenho medo de você ou dos esquerdistas vagabundos que te defendem, seu negro”, lê-se, em trecho.
“A câmara de vereadores de Curitiba não é seu lugar, Renato. Volta para a senzala. E depois de você vamos dar um jeito de cassar a Carol Dartora e o Herivelto”, continua o texto da mensagem, referindo-se aos outros dois vereadores negros da Casa.
O e-mail é finalizado com as frases: “vamos branquear Curitiba e a região Sul, queira você ou não. Seu negrinho.”
Com o assunto “Mensagem para o vereador Renato”, o texto ainda ofende outra vereadora da Câmara, sem citar nome, chamando-a de “vagabunda”, que teria vazado áudios em que o vereador Márcio Barros expõe articulação no Conselho de Ética para cassar o mandato de Freitas.
As ofensas se estendem, ainda, ao ex-presidente Lula e ao ex-governador do Paraná, Roberto Requião, que estariam entre os defensores de Freitas. “Eu não tenho medo do Requião, ou melhor, do Requiladrão, aquele safado que devia estar preso junto com o cachaceiro analfabeto do Lula”, diz trecho do texto enviado pela conta do relator.
Crime cibernético
A reportagem do Brasil de Fato Paraná entrou em contato com a assessoria de comunicação do vereador Sidnei Toaldo. Por telefone, a assessora informou que o e-mail não foi enviado “de dentro da Câmara e não saiu da caixa de mensagem do vereador.”
Disse ainda que o vereador irá entrar com denúncia por crime cibernético para levantar o IP (endereço que identifica uma rede ou um dispositivo na internet) do qual saiu a mensagem.
Reportagem de Lia Bianchini e edição de Frédi Vasconcelos, da Brasil de Fato PR.
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