Em postagem nas redes sociais, o candidato à presidente da República pela Unidade Popular (UP), Leonardo Péricles, questionou ontem (24) sua exclusão dos debates eleitorais organizados pelos veículos de mídia. Ele considerou antidemocrática a sua ausência.
“Em tese, vivemos em um sistema democrático, onde todos teriam os mesmos direitos. No entanto, apenas os candidatos dos ricos estarão de fato nos debates eleitorais. Além disso, não haverá nenhum negro no debate”, escreveu.
Péricles cumpriu agenda em Belém nos últimos dois dias. Ele visitou a Universidade Federal do Pará (UFPA), participou de uma plenária de mulheres e visitou locais populares e edifícios históricos, como o Mercado Ver o Peso e o Theatro da Paz. “Nosso partido nasceu para juntar o povo explorado e oprimido”, discursou o candidato nesta tarde (24) durante em campanha na Praça do Operário, no bairro de São Brás.
Segundo ele, enquanto candidatos de elite podem divulgar amplamente seus programas, a UP tem acesso a uma parcela pequena do Fundo Eleitoral e enfrenta barreiras para discutir suas propostas na mídia. “Que democracia é essa que exclui pobres e negros? Que democracia é essa que só uma classe tem vez e voz?”, questionou.
As atuais regras gerais para os debates foram fixadas pela Lei Federal 13.488/2021, que ficou conhecida como minirreforma eleitoral. Segundo o artigo 46º, devem ser obrigatoriamente chamados todos os candidatos de partidos que tenham representação de pelo menos cinco parlamentares no Congresso Nacional. O convite aos demais é facultativo.
Fundado recentemente, a UP foi oficialmente registrada como partido em 2019. A legenda não possui parlamentares.
Agência Brasil.
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