A candidata do MDB à presidência da República, Simone Tebet, defendeu na manhã desta quarta-feira (14) em visita ao Porto Digital, no Recife, um governo “parceiro da iniciativa privada”. Para a candidata a responsabilidade do estado brasileiro deve ser com serviços essenciais à população brasileira como saúde, segurança pública e algumas obras específicas de infraestrutura. “O resto é parceria público-privada, é concessão, é PPI [Programa de Parceira de Investimentos], é PPP [parceira público-privada], é buscarmos nas organizações sociais aquilo que nós não temos”, defendeu.

Tebet acrescentou que, se eleita, vai investir no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e nenhuma verba da pasta será cortada. “Imagine a tecnologia a serviço na irrigação do Nordeste, do agreste, do sertão do nordeste brasileiro. Imagina essa tecnologia à disposição em um prontuário único. Não é um prontuário único em Caruaru só. É um prontuário único onde eu, que estou lá de Mato Grosso do Sul, se sair de lá vir para o Recife e ficar doente e precisar de um sistema SUS eu chego aqui, eu tenho a minha ficha”, explicou acrescentando a importância do uso da telemedicina nos rincões mais distantes do país.

Ao falar de educação, ela apontou a falta de qualificação como um grande problema no país. Simone Tebet admitiu a necessidade de rever o ensino universitário e avaliar se os cursos oferecidos atendem a necessidade do mercado, de modo que o jovem formado tenha emprego. A candidata ressaltou a importância da valorização dos professores. “Nós temos que assumir o compromisso da União com os municípios e com os estados. Acabar com as 2 mil creches inacabadas no Brasil, são 14 mil obras paradas em todo o Brasil”, lembrou.

Simone Tebet também comentou o ensino médio no Brasil que, segundo ela, é o grande problema na área de educação. “No Brasil 37% por cento dos nossos jovens trabalham, 37% dos jovens não têm razão, nem prazer de estar num banco de uma escola”, destacou.

À tarde, durante encontro com mães de crianças com deficiências, na Uninassau, Simone Tebet afirmou que o país só terá futuro se as crianças e os adolescentes forem valorizados. 

“Essa agenda é muito mais política do que eleitoral. O que nós propomos, essa chapa 100% feminina, é não deixar ninguém para trás. O Brasil tem que ser de todos, dos 215 milhões de brasileiros. As portas dos serviços públicos têm que estar abertas. Dinheiro tem, basta dar prioridade de forma correta”, disse.

Agência Brasil.

guazelli

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