O apoio do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições geraram reações de repúdio e um quase pedido de demissão coletivo de secretários. Mais cedo, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, cujo partido é coligado com os tucanos, declarou apoio a Lula (PT) e defendeu a expulsão de Garcia.

Nem o candidato bolsonarista ao governo paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aprovou o apoio recebido pelo tucano. Mais cedo o candidato, que liderou o primeiro turno estadual, dispensou sem delongas a declaração de apoio.

Voltando aos secretários incomodados, de acordo com informações da jornalista Andreia Sadi, no G1, entre eles está o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e a economista Zeina Latif. Maia atua como secretário de Ações Estratégicas do governo e Latif é secretária de Desenvolvimento Econômico. Eles teriam se irritado com a declaração de Garcia uma vez que são críticos de Bolsonaro e o consideram uma ameaça à democracia. Chegaram a discutir sobre um pedido de demissão simultâneo.

A declaração sem dúvidas também causa algum constrangimento nos quadros mais clássicos do PSDB em momento no qual o partido vive um longo fim de ciclo, iniciado em 2018 quando os votos do então candidato do partido à presidência, Geraldo Alckmin (hoje vice de Lula pelo PSB), desidrataram em favor de Bolsonaro.

A decadência da legenda ficou ainda mais evidente neste ano quando perdeu as eleições no seu maior reduto, o Estado de São Paulo. O atual governador foi o primeiro tucano a ficar de fora do segundo paulista desde as eleições de 1990, vencidas por Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB) contra Paulo Maluf (PDS). Dessa vez, Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) farão o segundo turno paulista.

Reportagem de Raphael Sanz, da Revista Fórum.

guazelli

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