O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) promove a campanha “Construir para Reconstruir” em alusão ao Mês da Visibilidade Trans, celebrado anualmente em 29 de janeiro. 

O nome da campanha reflete a realidade da população trans, que teve sua pauta inviabilizada no governo passado. Não havia uma área destacada para essa temática, e por isso a palavra reconstrução surge para dar voz a essa parcela da população que foi silenciada. 

A ação virtual envolve uma série de publicações digitais nas redes sociais do órgão e matérias especiais revelando os avanços legais em âmbito nacional, além de exemplos internacionais de referência para o Brasil. 

A secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, é a porta-voz da campanha que acontece até o dia 30 deste mês. Além de ser inédita no MDHC, é a primeira vez que uma travesti assume cargo no segundo escalão do Governo Federal. 

Na compreensão da gestora, o pioneirismo servirá de referência e não deve ser entendido como uma ideia de cota. “Sou a primeira de muitas. Com o tempo, o verdadeiro avanço dará lugar à presença de pessoas LGBTQIA+ em espaços como a saúde, a educação, a justiça e os mais diversos setores de tomada de decisão”, vislumbra a secretária indicada pelo ministro Silvio Almeida. 

Ações

Entre as peças da campanha, há mensagens como “A minha existência não fere você, mas o seu preconceito me impede de viver”. Ao longo das publicações, a sociedade brasileira será incentivada a recorrer ao Disque 100 – canal de atendimento gerido pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos que registra denúncias de violações, incluindo violências sofridas por pessoas LGBTQIA+. O serviço é disponível 24h por dia durante todos os dias da semana. 

Nesse sentido, a campanha terá a missão de dar visibilidade às vozes de pessoas que foram silenciadas em razão de suas condições de gênero ou orientação sexual. As peças e agendas serão divulgadas no portal do MDHC e perfis digitais ao longo de dez dias, tendo como um dos eventos uma mesa de diálogo com Symmy Larrat e representantes do movimento trans. A transmissão acontecerá no canal do YouTube do órgão na sexta-feira (27), em referência ao Dia Nacional da Visibilidade Trans – neste ano celebrado no domingo (29). 

Histórico

Motivado por uma mobilização ocorrida em 2004 na Câmara dos Deputados mediante a campanha “Travesti e Respeito” – liderada por ativistas da comunidade trans em parceria com o Ministério da Saúde, o mês de janeiro traz à sociedade a importância da visibilidade, representatividade e luta por acesso à saúde, à educação, à geração de emprego e renda e ao enfrentamento ao preconceito e à discriminação.

A bandeira LGBTQIA+ indica que o Brasil é o país que mais mata pessoas que pertencem a esse movimento. Pessoas trans têm uma expectativa de vida de cerca de 35 anos, como indica a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).

ASCOM – Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Imagem: Clarice Castro/Ascom/MDHC.

guazelli

Todos Posts

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Arquivos

Publicidade

Anuncie aqui