Líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Requião Filho (PT) protocolou ontem (4) uma Moção de Apoio ao deputado Arilson Chiorato (PT), vice-líder da bancada, que está sofrendo uma tentativa de censura pela Copel. O parlamentar havia questionado, na semana passada, a existência de uma possível dívida bilionária da empresa com investidores e sócios, como o BNDES e o Estado do Paraná, que teria sido omitida do balanço da companhia.
Em discurso na tarde desta terça-feira, Arilson explicou que a Copel apresentou no dia 31 de março um pedido de interpelação judicial contra ele e solicitou a “retirada do conteúdo do discurso das redes sociais” e deixar “de propagar e divulgar por qualquer meio os fatos”. Imediatamente, em um aparte, Requião Filho condenou a atitude autoritária da Copel e do governo Ratinho Jr. e anunciou a apresentação de uma Moção de Apoio ao parlamentar.
“Me assusta a Copel tentar trabalhar com censura de algo que deveria ser público. Gostaria de ver todos os deputados desta Casa se colocando contra este absurdo. Vamos apresentar uma Moção para ser assinada por todos os parlamentares contra esta atitude”.
Entenda – Em discurso no dia 29 de março, que a Copel tenta censurar, Arilson Chiorato alertou que dívidas bilionárias podem ter sido omitidas do balanço da empresa a investidores e sócios e cobrou esclarecimentos da Copel e do governo Ratinho Jr. As supostas dívidas estariam relacionadas a contratos com as empresas Companhia de Energias Renováveis, Centrais Elétricas Do Rio Ribeira S/A (Celer), Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura, GRP Empreendimentos S/A e Cesa – Confluência Energia S/A.
O deputado comentou que se trata de um processo sigiloso e, segundo fontes protegidas pela Constituição do Estado, a dívida seria de aproximadamente R$ 3,5 bilhões, mas estaria reservado apenas R$ 670 milhões para pagamento desses débitos. Esse valor se referiria a um contrato de fornecimento de equipamentos para um parque eólico da Copel no Rio Grande do Norte.
“A questão é que valor não teria sido contabilizado corretamente nos balanços. No principal relatório contábil (20 F), que está disponível na página de internet da Copel, existe apenas um valor previsto de R$670.704 (seiscentos e setenta milhões e setecentos e quatro mil) para 2021. Esses valores bilionários, caso sejam confirmados, devem constar nos balanços e nas auditorias que são feitas durante anos pela Copel e devem ser repassados aos acionistas”.
ASCOM – Oposição ALEP.
Comentar