Tarifas de água e luz mais caras. Pedágio mais caro que o anterior. Maior alíquota de ICMS do Brasil. Serviços públicos precarizados. Desvalorização do funcionalismo estadual. Em discurso ontem (12) na Assembleia Legislativa (Alep), o deputado Requião Filho criticou o “custo Ratinho”, que encarece a vida da população e prejudica a competitividade do setor produtivo do Estado.

Líder da oposição, Requião Filho disse que “o Estado trabalha como uma loteria, onde aqueles que ganham são os escolhidos”, enquanto população e o setor produtivo são severamente punidos.

“Tarifas de luz e água caríssimas afastam a indústria, tiram lucro das empresas, prejudicam o agro. O pedágio caro vai deixar tudo ainda mais caro, pois tudo o que consumimos e produzimos roda em cima de um caminhão. O imposto de ICMS mais caro do Brasil. Aumenta comida, aumenta remédios, e o que a gente não vê é aumento de investimento em saúde, segurança, educação. O Estado trabalha como uma grande loteria, onde aqueles que ganham são os escolhidos. Isso me assusta para o futuro do Estado, até porque os próximos 3 anos podem demorar muito a passar”.

Ele ressaltou que faltam investimentos e cuidados em todas as áreas. “Quando digo investimento, falo desde infraestrutura até o reconhecimento dos servidores. Investir no serviço público significa respeitar e reconhecer o trabalho dos homens e mulheres que atendem o cidadão em nome do Estado do Paraná. Significa cuidar as estradas, dos hospitais, das escolas”.

O parlamentar destacou o caso da entrega de 922 viaturas da Polícia Civil na semana passada pelo governo do Estado. O que parece ser uma boa notícia, na verdade, esconde um péssimo negócio, pois 837 dos carros entregues são alugados.

“Não gosto quando as pessoas tentam enganar as outras. Vi na semana passada uma grande entrega de viaturas da Polícia Civil. Novecentas e não sei quantas viaturas entregues. Mas 837 dessas viaturas são alugadas, ao custo de R$ 32 milhões ao ano! Com esse valor, o Paraná poderia comprar, a cada dois anos, uma frota maior do que esta que foi entregue. O aluguel de uma frota, de centenas de carros, sendo que o Estado compra estes carros com desconto, porque não paga impostos, podendo vender a preço de mercado é um péssimo negócio!”.

Segundo Requião Filho, mais uma vez fica claro que a lógica do governo Ratinho Jr. é, fundamentalmente, a propaganda. “Na propaganda as viaturas ficaram bonitas e esse é um resumo do governo Ratinho: na propaganda, está bonito, mas na realidade não aguenta a luz do sol”.

ASCOM – Oposição ALEP.

guazelli

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