As prioridades da atual gestão da Companhia Paranaense de Energia (Copel), privatizada em 8 de agosto de 2023, têm chamado a atenção. Na última segunda-feira (22/04), durante Assembleia Geral foi aprovado um novo aumento de orçamento para a diretoria, atingindo R$ 60 milhões. Com isso, o salário do diretor-presidente pode chegar a R$ 380 mil. Ao mesmo tempo, a empresa se nega a pagar direitos básicos aos trabalhadores, como o Programa de Demissão Voluntária (PDV).

Desde a privatização, os salários da alta cúpula da Copel já aumentaram 429%. Neste período, o orçamento destinado à diretoria saltou de R$11,38 milhões para R$60, 1 milhões. O caso foi exposto pelo deputado Arilson Chiorato (PT) na tarde desta terça-feira (23/04) durante uso da tribuna na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

O parlamentar, que classificou como desprezível a manobra da atual gestão da Copel, relembrou que a empresa reluta em cumprir o PDV de 2.994 trabalhadores. “Não tem dinheiro para cumprir com um acordo coletivo, de pagar direitos básicos, mas em menos de um ano, aumentaram os salários dos gestores em 50%. Em dezembro de 2023, o valor destinado de R$11,38 milhões saltou para R$17, 08 milhões”, pontuou.

“Segunda, dia 22 de abril, aumentaram de novo! Só que dessa vez subiram 252%, passando para R$ 60,1 milhões anuais. Isso significa que o diretor-presidente da Copel, o senhor Daniel Pimentel Slaviero, que ganhava R$ 72,5 mil em novembro de 2023, pode chegar a receber R$ 382,8 mil por mês! E os diretores, que ganhavam R$ 61,4mil podem chegar a receber R$324,4 mil mensais”, expôs os altos salários da cúpula da atual gestão da Copel.

Diante dos sucessivos aumentos, o deputado Arilson questionou como foi o voto do Governo do Estado, que se mantém como maior acionista da Copel, durante a última assembleia. “O governador falava na campanha que ia vender a Copel para acabar com a mamata, com indicação política, mas o que estão fazendo agora? O diretor-presidente é irmão do pré-candidato a prefeito de Curitiba (Eduardo Pimentel), candidato que tem o apoio do atual governador. É revoltante. Você, que está sofrendo com quedas de energia no interior e com aumento da conta de luz, saiba que o valor a mais que está pagando vai para o salário desse pessoal”, disse.

O parlamentar, em sua fala, frisou que os argumentos usados para vender a Copel não passaram de estratégia de marketing. “O discurso de enxugar a máquina, de fazer a estatal um suprassumo da eficiência, da moralidade, será mesmo? Acredito que tudo não passou de mais uma peça publicitária, que primeiro desqualificou uma empresa pública, que prestava um bom serviço e superavitária, para entregá-la ao mercado, que tem sucateado os serviços e sobrecarregado os trabalhadores”, ressaltou.

ASCOM – Oposição ALEP.

guazelli

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